ROMBO DA PREVIDÊNCIA PODE ANULAR EFEITOS DO EDITAL
Com a publicação, no Diário Oficial de hoje, do edital de pré-qualificação para a venda o Banespa, inicia-se um novo e decisivo capítulo na luta contra a privatização. Os funcionários, da ativa e aposentados, já calejados pelos cinco anos de resistência e pelas inúmeras vitórias conseguidas na batalha contra a entrega do banco, mais uma vez não se dobrarão com a decisão precipitada da diretoria do banco. “Eles nem ao menos resolveram a questão do passivo existente para cobrir a complementação das aposentadorias”, lembra o presidente da Afubesp, Eduardo Rondino. “O fundo criado pelo governo para resolver esse rombo não tem a mínima sustentação legal e estaremos ingressando nos próximos dias na Justiça para resguardar os interesses do funcionalismo”
Notícia bomba – o próprio mercado reconhece que se não for equacionado o passivo previdenciário, o banco dificilmente será vendido. Matéria veiculada na revista Dinheiro no último final de semana, sob o título Bastidores da Venda do Banespa, esclarece que a definição do tamanho do passivo não é uma questão meramente sindical, pois “o governo precisa da aprovação dos funcionários para mexer na questão da previdência, que é fundamental para a venda do banco”. O analista do Bozano, Simonsen, Pedro Guimarães, ao saber que o passivo ultrapassa R$ 4,5 bilhões, segundo cálculos de especialistas consultados pelas entidades de representação”, declarou à revista: “Essa notícia é uma bomba….Ficou claro que o rombo pode ser de qualquer tamanho. A venda vai atrasar muito.” Na opinião da diretoria da Afubesp, no que depender das entidades de representação, do funcionalismo e da sociedade organizada essa venda lesiva para o Estado de São Paulo e para o país não ocorrerá jamais.
fonte: AFUBESP