Fato ou Fake? Saiba mitos e verdades sobre a vacinação infantil contra a Covid-19
A vacinação de crianças entre 5 e 11 anos contra a Covid-19 no Brasil foi iniciada no final de janeiro último e trouxe alento para os pais e avós. Mas também trouxe muitas dúvidas e medos, por conta das notícias falsas (as famosas “fake news”) que circulam pelas redes sociais, principalmente pelo WhatsApp. Em sua série Fato ou Fake, a Afubesp esclarece a importância da vacinação infantil:
Crianças não ficam gravemente doentes por causa da Covid-19?
É FALSO! Mesmo os adultos, principalmente os idosos, serem os mais suscetíveis a Covid-19 grave, as crianças também podem ser vítimas fatais da doença. Segundo o Instituto Butatan, a Covid-19 hoje é a segunda maior causa de mortes de crianças de 5 a 11 anos no Brasil, perde apenas para acidentes de trânsito. Oficialmente, o Brasil registrou 1.544 mortes de crianças de 0 a 11 anos por Covid-19 desde o início da pandemia. Portanto, proteja suas crianças!
A vacina contra a Covid-19 para crianças é segura?
É FATO! Diversos estudos comprovam a segurança e a eficácia das vacinas contra Covid-19 para crianças. No Brasil, os imunizantes liberados para a vacinação infantil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – órgão extremamente sério, técnico e competente – são da Pfizer (5-11 anos) e da CoronaVac (6-17 anos). Além disso, o Ministério da Saúde afirma que nenhuma criança ou adolescente com menos de 18 anos veio a óbito no país em consequência de evento adverso pós-vacinação.
É melhor a criança ser imunizada contra a Covid-19 pegando a doença do que tomando a vacina?
É FALSO! Expor a criança ao vírus é de extremo perigo e pode acarretar uma série de complicações, como a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), que afeta vários órgãos e sistemas do corpo, podendo levar a criança a óbito. De acordo com estudo do do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo, quatro em cada dez crianças e adolescentes continuam sofrendo efeitos prolongados da Covid nas 12 semanas seguintes à infecção.
Assim como os adultos, após vacinadas, as crianças precisam usar máscaras, manter o distanciamento social e a higienização?
É FATO! Após vacinadas, as crianças devem manter os mesmos cuidados básicos dos adultos para a prevenção de doenças respiratórias: a utilizar máscaras, lavar frequentemente as mãos, evitar aglomerações, não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, copos, etc.
A vacina contra a Covid-19 dá problema no coração das crianças?
É FALSO! De acordo com informações do Hospital Pequeno Príncipe, da cidade de Curitiba, “as crianças que são infectadas pelo coronavírus possuem de 10 a 17 vezes mais chances de desenvolver uma miocardite do que as que tomam a vacina. O risco de ocorrência de miocardite em crianças na faixa etária entre 5 e 12 anos é, em média, de um caso para um milhão de doses. Mesmo que venham a desenvolver essa complicação em função do imunizante, ela se apresenta de forma muito mais branda e com uma evolução melhor do que a causada pelo vírus, sem sequelas e autolimitada.”
As vacinas foram testadas em crianças?
É FATO! Todos os imunizantes utilizados para a vacinação infantil (Pfizer e CoronaVac) no país passaram por testes antes de serem liberados. A Pfizer, por exemplo, realizou ensaios clínicos em crianças dos Estados Unidos, Finlândia, Polônia e Espanha. Os resultados, consolidados no mês de outubro de 2021, indicaram eficácia de 90,7% na prevenção da doença em crianças de 5 a 11 anos. Sobre a CoronaVac, o Instituto Butantan lançou dossiê de estudos científicos que comprovam a eficácia e segurança do imunizante – confira aqui
Se a criança for vacinada e ficar doente, quer dizer que a vacina não funcionou?
É FALSO! As vacinas contra Covid-19 não são 100% eficazes, mas têm se mostrado eficientes, com qualidade e estão contribuindo para que pessoas contaminadas pelo vírus não desenvolvam sintomas graves ou até mesmo irem a óbito. Na maior UTI de Covid-19 no país, do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, no Rio de Janeiro, mais de 90% dos casos graves são em não vacinados. A vacinação é um compromisso coletivo de saúde pública, quanto mais pessoas vacinadas, menos o vírus circula. Por isso, vacine-se e vacine suas crianças!
A criança não deve receber outra vacina no mesmo dia em que for imunizada contra Covid-19?
É FATO! De acordo com recomendação do Ministério da Saúde, é preciso manter o intervalo de 15 dias entre as vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI), apenas como uma medida de cautela e de melhor avaliação de eventuais eventos adversos.
Recebeu informações sobre a pandemia sem fonte confiável? Pesquise a respeito. Não compartilhe notícias falsas!
Com informações Agência Lupa, Hospital Pequeno Príncipe, Instituto Butatan, Folha de S. Paulo, O Globo