Economia prateada: poder de compra da terceira idade requer atenção contra excessos
Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2030, o número de idosos no Brasil ultrapassará o total de crianças entre zero e 14 anos. De olho na alta expectativa de vida, o mercado tem voltado a sua atenção para a chamada economia prateada, (silver economy ou economia da longevidade), exclusiva para atender as necessidades dos consumidores com mais de 60 anos. Diante de infinidades de produtos e serviços, é preciso ter atenção contra os excessos de gastos desta faixa etária.
Em live sobre Economia Doméstica, realizada na última quarta-feira (27), pelo programa Qualidade de Vida da Afubesp, a psicóloga e personal organizer Wilma Monteiro destacou que 72% dos idosos saem de casa todos os dias, pelo menos 5 vezes por semana, para ir ao mercado e que o potencial de consumo deste grupo é de 7,5 bilhões, o dobro da média nacional. “A terceira idade é a menina dos olhos do comércio, porque além de recursos para adquirirem bens, esses indivíduos têm como principal característica serem bons pagadores”, afirmou.
Mas a profissional alertou sobre facilitações de créditos e o consumo desenfreado. “Isso pode gerar o endividamento das famílias e os idosos são presas fáceis de golpes. As consequências são danos sociais e psicológicos, além de uma vida de privações.”
Estratégias
Wilma também ressaltou a necessidade de se criar uma estratégia para não gastar mais do que se ganha – Planejamento, Conhecimento (quero/desejo) e Organização. “Precisamos mapear tudo o que ‘entra e sai’ de nossa casa, como alimentação, básico – luz, água -, contornáveis – assinaturas de tv,- e os desnecessários, para que a vida tenha um fluxo natural, disciplina. Se você precisar contornar situações todos os meses, significa que a saúde financeira do seu lar não está boa.”
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