6º GRITO DOS EXCLUÍDOS COMBATE SUBMISSÃO AO FMI

Esse é o tema do 6º Grito dos Excluídos, que movimentará o país, no próximo feriado de 07 de setembro. A atividade faz parte de um calendário de mobilizações, que tem como objetivo mostrar o descontentamento do povo com o governo FHC e sua política econômica de exclusão, de submissão ao FMI e aos capitais internacionais, cujo resultado é o aumento do desemprego e das desigualdades sociais.
Neste ano, o Grito será enriquecido com o plebiscito da dívida externa, o que propicia a participação de igrejas, centrais sindicais, movimentos populares e outras entidades e setores da sociedade civil. A idéia é despertar a nação para o questionamento sobre a relação do endividamento interno e externo e a deterioração do nível de vida de parcela significativa da sociedade brasileira.
O símbolo do Grito dos Excluídos 2000 é composto por três elementos. Um cartão vermelho, com uma nota de dólar e um “X” sobre o dólar. O significado do cartão vermelho é “expulsar” a fome, o desemprego e a miséria. O “X” sobre a nota de dólar significa dar um “basta” à política econômica de FHC e à intervenção dos Estados Unidos, através do FMI, nas decisões internas do país.
A atividade central será realizada em Aparecida do Norte (SP), com adesão da 13ª Romaria dos Trabalhadores, promovida pela Pastoral Operária, Comissão Pastoral da Terra e Serviço Pastoral dos Migrantes. No Santuário da Padroeira do Brasil, o Grito continua sendo referência nacional, mas a mobilização acontece em vários Estados.

História – A iniciativa do Grito dos Excluídos surgiu das Pastorais Sociais em 1994, com o objetivo de denunciar a exclusão e valorizar os sujeitos sociais. O primeiro evento foi realizado em 1995, em mais de 170 cidades brasileiras. Neste ano, o símbolo foi uma panela vazia e o lema: “A Vida em primeiro lugar”. Em 96, quando a CUT passou a integrar sua coordenação nacional, o lema foi “Trabalho e Terra para viver”. Em 1997, as manifestações atingiram cerca de 700 cidades, com o lema “Queremos justiça e dignidade”. No ano seguinte, foram realizadas manifestações em mais de 1000 cidades, com o lema “Aqui é o meu país” e uma sacola vazia com os seguintes dizeres: “A ordem é ninguém passar fome”. Em 99, o tema foi “Brasil: um filho teu não foge à luta”.
O VI Grito dos Excluídos no Brasil está articulado com o Grito dos Excluídos/as Continental – Por Trabalho, Justiça e Vida. Ele faz parte do conjunto de mobilizações que acontecerão nos países das Américas, de 7 de setembro a 17 de outubro de 2000. Mais informações podem ser obtidas através da Coordenação Nacional do evento: Pastorais Sociais/CNBB-PJB-MST-CMP-CUT-CONTAG-CNTE-MAB (0xx11) 272-0627 ou e-mail: gritonacional@ig.com.br.

Adesão nacional – O plebiscito sobre a dívida externa está mobilizando o país. De acordo com a coordenação do evento, em diversas localidades há filas para votar. Neste final de semana, a coordenação contabilizou onze mil votos em Brasília.
Nos Estados a participação também está sendo considerada muito boa com grande procura em urnas colocadas em praias, cinemas, praças e supermercados. “Em vários pontos foi necessária a substituição ou colocação de novas urnas para atender à demanda”, observa a irmã Maria de Lourdes Goronci, da Pastoral Social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). O resultado final será divulgado em 13/09, na Câmara.

fonte: AFUBESP