Hoje é dia de falar sobre a luta pela saúde da mulher

Neste sábado, a saúde da mulher vira foco de debates e reflexão para diversos setores da sociedade e governos. Em 28 de maio, é celebrado o Dia Internacional da Luta Pela Saúde da Mulher. No Brasil, a data foi declarada pelo Ministério da Saúde como Dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna e tem como foco “a necessidade de melhorar os serviços de atenção ao pré-natal e ao parto, bem como a capacitação dos profissionais de saúde para este atendimento.”
Nos últimos anos, o país registrou aumento considerável em relação à mortalidade materna, especialmente após a pandemia de covid-19. No período mais crítico, muitas mães interromperam o tratamento por medo de contrair a doença e serviços de saúde foram suspensos devido à superlotação dos hospitais.
De acordo com matéria de Carlos Madeiro, no portal UOL, o pico de covid-19 em 2021 fez a mortalidade materna no Brasil crescer em patamares inéditos no século. No ano passado, em números absolutos, foram 77% mais mortes – índice similar ao registrado nos anos 1990 – que o registrado em 2019, antes da pandemia.
Dados preliminares informados pelo Painel de Monitoramento de Mortalidade Materna, do Ministério da Saúde, divulgados na matéria, mostram que no ano passado morreram 2.796 mulheres grávidas ou puérperas, “o maior número registrado desde 1996, quando começou a série de dados disponíveis. ”
Estes números escancaram a fragilidade da assistência dada às gestantes e mulheres no pós-parto – principalmente as de classe mais pobre – e deixam o país longe de atingir a meta de reduzir a mortalidade materna, um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
Neste dia 28, governantes devem voltar os olhos para a importância da proteção à saúde da mulher e que mais mulheres possam ter acesso a mais cuidados relacionados à gravidez e ao recém-nascido.
Com informações Carlos Madeiro – UOL, OPAS