Coronavírus: Para o Santander, bancário brasileiro “vale menos” que o espanhol
Em meio à pandemia de coronavírus, os bancários do Santander no Brasil enfrentam mudanças constantes de protocolos, quase sempre resultando na flexibilização de medidas de proteção; falta de materiais de proteção para todos; desrespeito à negociação com a representação dos trabalhadores; recusa em cumprir orientações do governo estadual; falta de apoio para funcionários em grupo de risco se afastarem; cobrança de metas abusivas; e comunicação ineficiente com bancários e clientes.
Situação diferente da forma como o Santander tem atuado em relação aos trabalhadores da matriz na Espanha, que contam com uma forma de gestão mais responsável, que respeita a negociação coletiva e as recomendações das autoridades locais para a proteção de bancários e clientes.
“Mais uma vez, o Santander trata os bancários brasileiros, que garantem a maior fatia do lucro global, com extrema irresponsabilidade e desrespeito, e de uma forma muito diferente da qual trata os trabalhadores da matriz espanhola. Isso não é novidade, tendo em vista que os funcionários brasileiros não possuem isenção de tarifas, ao contrário dos trabalhadores da Espanha e Reino Unido”, critica a diretora do Sindicato e bancária do Santander, Vera Marchioni.
“Agora, em meio à uma pandemia, essas diferentes formas de tratamento podem significar a diferença entre o contágio ou não e, em última instância, entre a vida e a morte. Cobramos que o Santander, com urgência, opte pelo caminho da responsabilidade, intensificando medidas de proteção de bancários e clientes, o que passa por respeitar o que foi acordado, em mesa de negociação, com a representação dos trabalhadores. O momento é de priorizar vidas, não o lucro”, acrescenta a também diretora do Sindicato e bancária do Santander Lucimara Malaquias.
Confira abaixo a diferença das medidas adotadas pelo Santander no Brasil e na Espanha para a proteção de bancários e clientes:
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