Banespianos riem em silêncio
O resultado eleitoral em São Paulo, nas escolhas para deputado estadual e federal, os banespianos tem mais motivos para comemorar. Vários deputados, de diferentes partidos, foram eleitos tanto para a Assembléia Legislativa como para a Câmara Federal.
Assim, no âmbito legislativo, cuja missão maior é fiscalizar, denunciar e propor, teremos bastante espaço para caminhar na defesa das nossas conquistas. Ainda indefinido quem ocupará o Executivo, determinante para as nossas causas.
Um resultado negativo tem sido bastante comemorado entre os banespianos. Aquele riso que se faz silencioso. Trata-se da não eleição do deputado federal Wanderlei Macris. Relembrando o nefasto papel desempenhado por esse deputado quando presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, em 1999 e 2000.
No auge da campanha contra a privatização, com o banco federalizado, o movimento recolheu assinaturas em um abaixo assinado pedindo a convocação de um plebiscito com o povo paulista para recolher a opinião a favor ou contra a privatização.
Quando da intervenção do Banco Central no Banespa, nos primeiros dias de 1995, a opinião pública, massacrada pelo noticiário favorável à privatização e que o banco era utilizado por tesouro público dos governos Quércia e Fleury. Entretanto, a partir da campanha dos sindicatos e da Afubesp junto aos prefeitos e vereadores em quase todos os munícipios, com doação de ações nominais do banco e exposição dos enormes prejuizos que traria a privatização nas áreas de crédito rural, microcrédito, pequena e médias empresas e fechamento de agências, a população manifestava-se, em 75%, contrária a privatização.
Wanderlei Macris, cuja atuação concentrava-se em Americana, “sentou em cima” da proposta de plebiscito e não o pôs em votação, apesar do clamor da população e dos banespianos que, naquela cidade, realizaram duas grandes manifestações, com campanha de mídia, carro de som e comícios.
Passados dez anos, os lutadores contra a privatização sentem enorme alegria pela não reeleição de Macris que, na suplência, deverá mendigar a remoção de algum parlamentar para o serviço público e ver se consegue se efetivar.