Bancários protestam contra demissões e terceirizações no Radar

O sindicato realizou, na última segunda 13, protesto no Radar, concentração do Santander, contra as demissões e terceirizações promovidas pelo banco espanhol.
O exemplo mais recente do desrespeito com o qual o Santander se relaciona com os bancários brasileiros e o movimento sindical foi iniciar o ano de 2025 com mais demissões no Radar, no departamento de Câmbio, onde diversos trabalhadores com muitos anos de banco foram demitidos.
De acordo com o dirigente do sindicato e da Afubesp, Roberto Paulino, não existe qualquer justificativa para as demissões. “Estes trabalhadores deveriam ser realocados. Suas funções não desapareceram. Porém, estão sendo desempenhadas por empresas coligadas, do próprio Santander, que são utilizadas para fraudar a representação sindical, retirando trabalhadores da categoria bancária e, por consequência, cortando direitos e rebaixando a remuneração”, explica.
“Nosso protesto foi muito bem recebido pelos trabalhadores do Radar, que estão cientes da estratégia do Santander para cortar direitos, salários e fragmentar a categoria. Cobramos do banco o fim das terceirizações e demissões”, acrescenta.
Desde 2021, o Santander Brasil transfere bancários para outras empresas do seu próprio grupo como, por exemplo, a Caceis, F1RST, Tools, Prospera, SX Negócios, todas com CNPJs diferentes. Com isto, o banco exclui estes trabalhadores deixam de ser bancários, não sendo mais abrangidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, que perdem uma série de direitos como auxílio-creche/babá (R$ 659,67), vales alimentação (R$ 874,78) e (refeição R$ 50,46 x 22 dias = R$ 1.110,12), PLR e PPR negociados pelo Sindicato, entre outros, além da representação de um dos maiores e mais fortes sindicatos da América Latina.
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