Atitudes fazem a diferença! Banespiana produz máscaras de proteção para a comunidade
Em tempos de muitas incertezas como os de hoje, uma das únicas coisas que sabemos de fato é: só iremos superar os desafios que a pandemia de covid-19 nos impõe sendo solidários e exercitando a nossa empatia. E muitas vezes o exemplo pode vir de perto, de alguém do seu bairro ou do prédio. É o caso de Rita de Cássia Lima, banespiana e associada da Afubesp que, ao ter a sensibilidade de olhar para o próximo, teve a iniciativa de ajudar como pode – e hoje já produziu e doou centenas de máscaras de proteção.
Com uma carreira de 28 anos no Banespa, Rita trabalhou no Departamento de Marketing na equipe de expansão de agências e na Adger. Lutou intensamente também pelos direitos dos banespianos junto da Afubesp. “A vida inteira trabalhei com senso de comunidade”, destaca. Há sete anos aposentada, carregou todos os princípios consigo. O que quer para si, também quer para todos. Muito engajada na luta por direitos, uniu duas atividades que gosta: bordar e tentar fazer do mundo um lugar melhor.
Ela participa do coletivo Linhas de Sampa, que discute conjuntura política e reflete essas discussões nas artes dos bordados. Antes da necessidade de reclusão por conta da pandemia, o grupo se encontrava para bordar juntas em locais públicos como na avenida Paulista, e aproveitar para conversar também com quem passava e demonstrava interesse na atividade. Quando a pandemia acabar, voltarão com os encontros. Para o ofício, elas compartilham materiais. “Recebemos doação de tecido e linha, com pedido de vaquinha às vezes”, diz. São 78 integrantes atualmente, sem medo de defender bandeiras a favor dos direitos humanos.
Fazendo a diferença
Sendo coerente com esse mote, Rita decidiu que, neste momento, olhar só para o seu quadrado não era o suficiente. “Quando a situação do vírus começou a se agravar na China e se espalhou por outros países, percebi que o povo estava desesperado por máscaras e não achava”, lembra. Percebendo a necessidade das pessoas ao seu redor que não podem parar de trabalhar, começou a fazer máscaras. Começou distribuindo para os porteiros do seu prédio, para entregadores de aplicativos, para os atendentes da padaria do bairro e, até o momento, calcula já ter costurado mais de 1,5 mil máscaras de tecido e 1 mil de material TNT para a sua comunidade e também outros pedidos que recebe.
São demandas de pessoas em situação vulnerável e de quem também precisa sair de casa para cuidar dessa população. É o caso de profissionais que trabalham em hospitais que não têm o equipamento para usar em trânsito, ou a população em situação de rua que precisa ter acesso às máscaras e também a higiene adequada para ter uma condição mínima de se proteger do vírus.
“Para o pessoal de rua as máscaras precisam ser de TNT, descartáveis, pois se as de tecido não forem higienizadas corretamente, só aumentam as chances de contaminação”, explica. Rita também está em produção de máscaras para uma aldeia indígena no Jaraguá.
Com a iniciativa se espalhando no coletivo Linhas de Sampa, ela começou a receber tecidos em casa para a confecção. Uma vez que não está saindo de casa por pertencer ao grupo de risco, chama motoristas de aplicativo para levar as máscaras ao destino. A solidariedade também é contagiosa: hoje são quinze pessoas participando do grupo Máscaras Solidárias. “Cada uma começou tratando do seu microcosmos”, pontua. Quem tem condições de produzir as máscaras, recebe orientações de como produzi-las e também repassa a quem precisa em seu entorno.
De pouco em pouco, de pessoa em pessoa, construímos uma rede de solidariedade capaz de amenizar um pouco os efeitos dessa crise. Como o exemplo de Rita Lima nos dá, é possível fazer a diferença – seja na linha de frente, seja isolados em casa.
*Para conhecer o trabalho do Linhas de Sampa, acesse www.facebook.com/LinhasDeSampa ou o Instagram (@linhasdesampa).
Afubesp