Sindicalistas cobram mudanças no Retorne Bem do Santander
Dirigentes sindicais de todo o país e negociadores do Santander retomam os debates do Fórum de Saúde específico dos funcionários do banco. A reunião ocorre na quinta-feira 26 e terá como tema central o programa Retorne Bem, implantado de forma unilateral pela instituição financeira e alvo de duras críticas do movimento sindical.
Marcelo Gonçalves, funcionário do Santander e diretor executivo do Sindicato, destaca que um dos problemas do programa é o fato de não levar em consideração o estado da pessoa que recebe alta do INSS e a volta ao trabalho. “Em muitos casos, o funcionário é colocado nas mesmas condições de trabalho que o adoeceram. Mesmo mobiliário, mesma rotina e pressão. Situação que pode voltar a comprometer e até agravar sua condição”, afirma o dirigente sindical. “Há vários meses temos apontado esse e outros problemas e para superá-los propusemos ao banco a suspensão do Retorne Bem e, a partir daí, iniciar discussão com o movimento sindical para que o funcionário possa produzir sem comprometer sua saúde.”
Médico – Outra questão a ser debatida é a falta de autonomia do médico do trabalho no que diz respeito ao acolhimento de laudos e exames de outros profissionais de saúde que acompanham o trabalhador. “Se o bancário tem um histórico clínico, tem de ser acatado pelo médico contratado pelo Santander. Há muitas situações em que esses relatórios são praticamente descartados”, destaca o dirigente sindical.
Conquista – O Fórum de Saúde do Santander é uma conquista assegurada no acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Ele é integrado por dirigentes sindicais, cipeiros eleitos e representantes do banco.
Seeb-SP