Setembro Amarelo: A importância da saúde mental no setor bancário
Muitas pessoas, independentemente da profissão, enfrentam desafios emocionais que podem levar a quadros graves de depressão e ansiedade. O estigma em torno da saúde mental ainda impede que muitos busquem ajuda, o que reforça a importância de promover diálogos abertos e acessíveis. Para fazer este alerta, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) realizam a campanha Setembro Amarelo. A escolha pelo mês tem um motivo: 10/9 é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
No ambiente corporativo, falar sobre saúde mental é essencial. A pressão constante por resultados, a insegurança sobre a manutenção dos empregos, e o medo de assaltos ou discriminação, especialmente no setor bancário, têm impactado diretamente o bem-estar dos trabalhadores. Embora os bancários representem apenas 1% da força de trabalho formal, eles são responsáveis por 24% dos afastamentos relacionados a doenças mentais. Isso significa que, a cada 100 mil trabalhadores bancários, 70,3 vivem essa realidade.
Além disso, cerca de 80% dos trabalhadores do ramo financeiro já enfrentaram ao menos um problema de saúde relacionado ao trabalho no último ano. O aumento nos diagnósticos de depressão, ansiedade e síndrome de Burnout entre bancários reforça a necessidade de um ambiente de trabalho mais acolhedor.
Empresas podem – e devem – implementar práticas de apoio à saúde mental durante todo o ano, incentivando seus colaboradores a buscarem ajuda sempre que necessário. É fundamental que o adoecimento mental deixe de ser um tabu. A criação de um ambiente de trabalho saudável e solidário é o caminho para garantir tanto a produtividade quanto a qualidade de vida dos funcionários.
Dados: Agência Senado, Contraf