Santander avança em propostas para Acordo Aditivo, mas ainda é intransigente
Após forte pressão da Comissão de Organização dos Empregados (COE), o Santander apresentou uma proposta para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), durante a negociação realizada na terça-feira (24), em São Paulo. O novo acordo traz novas cláusulas importantes para os trabalhadores. Confira abaixo os principais avanços:
Após inúmeras reuniões com o banco, os trabalhadores garantiram a renovação integral das condições já asseguradas pelo Acordo Coletivo de Trabalho. Isso inclui a manutenção das regras do Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS), sem compensação na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Outro avanço significativo foi a conquista da isenção da coparticipação no plano de saúde para empregados com deficiência (PCD).
Suspensão de metas após licença de saúde: O banco também aceitou suspender as metas por 30 dias para os empregados que retornarem de afastamentos por doença, saúde ou licença maternidade superiores a 180 dias.
No entanto, ainda há pontos que não avançaram nas negociações.
O banco não apresentou nenhuma proposta para o grupo de neurodivergentes, incluindo tanto os funcionários quanto os filhos desses empregados. Também não foi atendida a reivindicação de isenção de tarifas bancárias para os funcionários, além da ausência de propostas sobre linhas de crédito com taxas diferenciadas.
Maria Rosani, presidenta da Afubesp, participou da mesa e relata o descontentamento com o descaso do Santander com as pautas relacionadas aos banespianos. “Fazemos sempre a nossa defesa quanto ao termo de compromisso com a Cabesp e o Banesprev, e não somos correspondidos. Isso reflete também a postura do banco com ataques sistemáticos a essas duas entidades”, diz Rosani, que reforça a insatisfação dos representantes.
Outro ponto fundamental que não avançou foi a representação de todos os trabalhadores das empresas do conglomerado Santander, que prestam serviços ao banco e contribuem para seus lucros. “A COE permanece firme na luta por essa representação nas próximas rodadas de negociação”, completou Wanessa Queiroz, coordenadora da Comissão.
A COE também reivindicou que, na próxima reunião sobre relações trabalhistas, o Santander discuta os problemas enfrentados nos planos de saúde dos funcionários da base da Bahia e do Distrito Federal, que têm gerado insatisfação entre os trabalhadores dessas regiões.
Assim que o Santander formalizar a redação final da proposta, os sindicatos dos bancários de todo o país convocarão assembleias para a deliberação.
Contraf-CUT, com edição da Afubesp