Representantes da COE Santander assinam Acordo Aditivo específico

As bancárias e os bancários do Santander, representados pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco assinaram na manhã desta terça-feira (14), o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024. A assinatura aconteceu na sede do Santander, em São Paulo.
A coordenadora da COE, Wanessa de Queiroz, afirma que a renovação deste acordo foi fundamental, pois assegura cláusulas econômicas e sociais, em âmbito nacional, aos trabalhadores. “Entre elas, destaco as 2.500 bolsas de estudo para primeira graduação, pós-graduação e MBA. Além disso, conquistamos por meio da negociação a manutenção de todas as conquistas do acordo anterior. Agradeço pela participação de cada colega nas assembleias pela aprovação do acordo. Continuaremos reivindicando com o banco avanços aos neurodivergentes, melhorias nas condições de trabalho e no plano de saúde.”
Maria Rosani, presidenta da Afubesp, esteve presente nas negociações e corrobora tais afirmações. “Quero parabenizar a todas e todos os dirigentes que representam trabalhadores de todo o país na construção das minutas que compõe esse acordo. Foram muitos os embates com o Santander, entre eles a resistência para que não descontassem o PPRS e a isenção de coparticipação das pessoas com deficiência (conforme explicado abaixo)“, comemora. “Ainda iremos debater muitos pontos em reuniões futuras porque temos muitos problemas que ficaram de fora do acordo e que precisamos avançar.”
Avanços em destaque
O novo acordo traz conquistas importantes para a categoria, com avanços nas condições de trabalho. Entre os principais pontos, destaca-se a manutenção integral do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), como as regras do PPRS sem compensação na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O PPRS referente ao ano de 2024 será pago em fevereiro de 2025, no valor de R$3.672,25, e o de 2025será pago em fevereiro de 2026, reajustado pelo índice da CCT.
Outra vitória foi a isenção da coparticipação no plano de saúde para Pessoas com Deficiência (PCDs) que estiverem na ativa, promovendo maior acessibilidade e inclusão. Além disso, houve a suspensão de metas por 30 dias para trabalhadores que retornarem de afastamentos superiores a 180 dias por motivos de saúde, doença ou licença-maternidade, garantindo uma readaptação mais adequada ao ritmo de trabalho.
A dirigente da Afubesp e secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Rita Berlofa, acredita que a assinatura do acordo tem importância fundamental tanto para os trabalhadores quanto para o banco. “Ele garante direitos e benefícios que podem ir além dos mínimos estabelecidos pela CCT e pela legislação trabalhista. Além disso, facilita a resolução de conflitos, ao definir regras claras, e atua como um instrumento de proteção contra abusos, uma vez que o sindicato fiscaliza o seu cumprimento”, pontua.
Para ela, outro ponto positivo é a melhoria das relações de trabalho, ao criar um canal formal de negociação e diálogo entre empregadores e empregados, promovendo um ambiente de cooperação e evitando tensões. “O aditivo é, portanto, vital para equilibrar as relações entre as partes”, finaliza
Contraf-CUT com edição da Afubesp