Rede credenciada Cabesp: um ponto que sempre merece atenção
Se há um tema que está sempre na boca dos associados da Cabesp é a rede credenciada, especialmente para aqueles que moram no interior de São Paulo e outros estados. As queixas sempre existiram e como eleito em algumas gestões sempre fizemos esse embate internamente.
No entanto, ao longo dos últimos anos, os indicados na Cabesp assumiram alguns posicionamentos que explicam porquê as reclamações aumentaram.
O primeiro fato se deve à adoção (em parte) da Resolução Normativa 567 da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que dispõe sobre a substituição e exclusão dos prestadores “quando há ausência de prestação de serviço para o plano de saúde por no mínimo 12 meses consecutivos, desde que não haja suspensão formalizada acordada entre as partes” (leia a resolução na íntegra). Na Cabesp este prazo é de 18 meses.
Pessoalmente não concordo com essa postura porque cria uma confusão desnecessária e que impacta justamente na comodidade das pessoas em passar com profissionais que já estão habituadas. Importante destacar, porém, que quando há algum tipo de constestação por parte dos profissionais, a situação é avaliada e pode haver o retorno para a rede.
Lembro também que estamos aqui atentos aos cumprimentos da lei do plano de saúde (9.656/98), que exige que as operadoras ofereçam uma rede de prestadores de serviços de saúde adequada e suficiente para atender seus usuários, que respeitem a proporção de credenciados por cada 1 mil beneficiários e garantam diversidade, abrangendo diferentes especialidades médicas, hospitais e laboratórios.
Há inclusive um indicador da ANS para este assunto: o IDGA Garantia de acesso (que avalia as condições relacionadas à rede assistencial, abrangendo a oferta de rede de prestadores). O descontentamento dos banespianos está refletido nas notas obtidas pela Cabesp nos últimos anos. Em 2022, a Caixa recebeu a nota 0,5435, ficando ainda mais baixa que a do ano anterior, que foi 0,5454 (sendo 1,00 a nota máxima e zero a nota mínima).
É preciso que haja um trabalho para credenciar novos médicos com urgência. A dificuldade está nos valores a serem pagos, embora a Cabesp pague mais que as Unimeds, por exemplo. Mas não é só isso. Os locais onde há uma concentração pequena de associados da Cabesp é quase impossível credenciar um profissional, porque não faz sentido para eles atender poucas pessoas. Uma saída para esta questão é fazer a contratação de outro plano, como a Central Nacional Unimed (CNU) para atender também a proporcionalidade exigida pela ANS.
Para finalizar, destaco uma outra nova política da Cabesp, que atravanca novas entradas: o de credenciar apenas pessoas jurídicas por pura questão de custos mesmo.
Contem comigo! Estou à disposição para ajudá-los no que for possível e esclarecer as dúvidas necessárias.