Dia Nacional de Lutas – Bancários lutam pela preservação de empregos
Aconteceu nesta quinta-feira (15) o Dia Nacional de Luta contra a insistência dos grandes bancos em demitir durante a pandemia, mesmo após compromisso firmado com o movimento sindical em abril deste ano.
O Santander já demitiu mais de mil bancários até o presente momento. Outras 400 demissões foram feitas pelo Itaú e o Bradesco se nega a cancelar as 427 demissões realizadas até o momento. Outros bancos menores também demitiram, como Carrefour (36); Aymore (07); Banco Original (110); Banco Pine (20); C6 Bank (60); Portocred (11); Safra (133); Crefisa (23) e Daycoval (67).
“Com as demissões, não é apenas a categoria bancária que perde, mas o país. Já são mais de 13 milhões de desempregados”, ressalta a dirigente da Afubesp, Lucimara Malaquias, também coordenadora da COE Santander.
Os atos
Desde o início do mês estão sendo realizadas manifestações de protestos em frente a agências bancárias, tuitaços para denunciar à população a quebra de compromisso dos bancos e outras ações nas redes sociais.
No dia de hoje, em São Paulo, as atividades se concentram na região da Avenida Paulista, com panfletagens e cartazes, alertando a população sobre as demissões e a precarização do trabalho bancário, que tem gerado queda na qualidade do atendimento e adoecimento dos trabalhadores. A mobilização também ocorreu no Twitter com a #QuemLucraNãoDemite. Bancários também lançaram a hashtag #NegociaSantander, reivindicando que o banco negocie sobre o processo de terceirização do teleatendimento.
Lucimara lembra que o Santander foi o primeiro a demitir durante a pandemia. “Mesmo o Brasil sendo responsável por 32% de seu lucro global, segue demitindo pais e mães de família sem nenhuma justificativa e diálogo. A falta de transparência tem impactado negativamente o ambiente de trabalho e a saúde dos trabalhadores, acarretando pânico e ansiedade.”
A dirigente ainda critica a alta direção do banco no país, que vai na contramão da matriz espanhola. “Lá não há terceirizações e demissões! Reivindicamos que aconteça o mesmo no Brasil! Queremos transparência e negociação!”
Fotos: Junior Silva/Divulgação