Dia dos aposentados: ‘resistir’ aos retrocessos é a palavra de ordem
Nesta segunda-feira, 24, comemora-se o Dia Nacional dos Aposentados, data esta que ao mesmo tempo em que precisa ser celebrada, também carrega uma forte simbologia de resistência. Isso porque se aposentar hoje em dia, graças a uma onda de retrocessos nos últimos anos, se tornou tarefa para poucos.
A data foi escolhida porque nesse mesmo dia, em 1923, ocorreu a assinatura da Lei Eloy Chaves, criando, na época, a caixa de aposentadorias e pensões para os empregados de todas as empresas privadas das estradas de ferro. É o marco histórico da Previdência Social, que hoje completa 99 anos de existência. Até então, apenas os funcionários do governo federal eram atendidos.
Ocorre que, com a Reforma da Previdência, os trabalhadores brasileiros demoram mais para se aposentar por idade – 61 anos e meio para mulheres e 65 para homens, com ao menos 15 anos de contribuição. Já pela modalidade de aposentadoria por tempo de contribuição, parece ser uma busca sem fim: a regra dita que a contabilização é feita por pontos da soma da idade e o tempo de contribuição. Para homens, 99 pontos. Para mulheres, 89. A cada ano que passa, aumenta um ponto da meta.
Em suma, o brasileiro contribuirá por mais tempo, demorará mais para se aposentar com benefícios mais baixos por causa da desvalorização nos salários.
Não há como não citar o caso dos aposentados do Banesprev, que enfrentam especialmente nos últimos dois anos de pandemia uma das fases mais duras. Isso porque, com a criação do Novo Plano CD – mais uma armadilha do Santander visando se desvencilhar de suas responsabilidades como patrocinador -, faz uma empreitada sem limites em assediar os participantes, que muitas vezes são idosos.
A Afubesp parabeniza os colegas aposentados pelo dia, e ao mesmo tempo faz o chamamento para a luta contra desmontes e retrocessos.
Afubesp