DESPACHO DA JUÍZA MOSTRA FRAGILIDADE DE ARGUMENTOS DO BACEN

O Banco Central já foi citado anteriormente e apresentou sua defesa sobre as ilegalidades constantes do edital de contratação de empresa para fazer a avaliação econômico-financeira do Banespa, como pode ser constatado pela leitura do despacho da juíza Rosimayre Gonçalves de Carvalho. “No entanto”, segundo o presidente da Afubesp Eduardo Rondino, “os argumentos não foram suficientes para impedir a concessão da liminar que suspende o processo de privatização do Banespa.”
Para Rondino, o despacho da juíza expõe a fragilidade da defesa do Bacen e sua disposição de tocar o processo de privatização à revelia da lei. “Um péssimo exemplo para o país. Com que autoridade o governo pode exigir dos cidadãos o cumprimento da lei se ele é o primeiro a ignorá-la?”, questiona Rondino.

A citação do Banco Central foi feita pela 1ª Vara da Justiça Federal de Brasília em decorrência de ação popular impetrada em 16 de novembro de 98 pelos banespianos Eduardo Rondino, João Vaccari Neto, presidente do Sindicato dos Bancários de SP, e Wagner Pinheiro, atual diretor financeiro do Banesprev. A ação foi elaborada pelos advogados Mário Souza Filho e Marcelo Marcos Armellini, que prestam serviços para a Afubesp.

Segundo Armellini, o pedido de liminar dos banespianos não foi apreciado na ocasião para que a outra parte, o Banco Central, apresentasse sua defesa, o que foi feito. “No despacho da juíza Rosemayre, verificam-se várias referências a argumentações do Banco Central”, afirma.

fonte: AFUBESP