Há um ano entidades aguardam reunião com banco sobre déficit do Plano II
O descaso do Santander com as demandas dos banespianos leva a protestos como o que ocorreu na final da Libertadores
Logo após o resultado atuarial do primeiro trimestre de 2010 apontar o crescimento do déficit do Plano II – caracterizando dois anos consecutivos de déficit, o presidente da Afubesp, Paulo Salvador, e a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa, procuraram representantes do Santander para apresentar propostas que podem colaborar na redução da dívida.
Durante o intervalo de uma conferência na Torre do Santander, em São Paulo, os dirigentes, em conversa com o superintendente de Relações Sindicais do Santander, Jerônimo dos Anjos, e a Superintendente executiva de RH, Maria Cristina Carvalho, apontaram que o Efeito Cabesp – desencadeado pelo medo do trabalhador da ativa em perder a assistência médica, fazendo com ele peça sua aposentadoria assim que atinge o prazo – e o resultado da ação revisional pelo teto – que traria uma economia de cerca de R$ 8 bilhões nas reservas do Plano II Banesprev – são fatores importantes que podem ajudar a impactar positivamente no déficit.
Desta forma, eles pediram aos dirigentes do banco o agendamento de uma negociação sobre o tema. Mas até hoje, mais de um ano depois, a reunião ainda não ocorreu e não foi por falta de insistência dos representantes dos banespianos.
“Esta postura mostra o profundo desdém do banco com as demandas de seus funcionários da ativa e aposentados”, comenta Paulo Salvador. “Isto leva à campanhas como a que fizemos na final da Libertadores da América pedindo que o Santander respeite o Brasil e os brasileiros”, explica o presidente da Afubesp, que conclui: “Muitos outros atos de protesto podem acontecer por este motivo”.
Veja como foi o ato em frente ao Pacaembu na final da Libertadores e o ouça o spot de rádio, divulgado no mesmo dia na CBN.
Érika Soares – Afubesp