Campanha Nacional 2020 – Bancos reafirmam redução e retirada de direitos
Reunião nesta terça (25) terminou com os bancos mantendo a retirada de direitos: zero de aumento real por dois anos e proposta rebaixada de PLR. Comando Nacional rejeitou na mesa de negociação. Nova reunião acontece hoje (26) às 14h. Sindicatos em todo o país estão chamando assembleias virtuais para quinta-feira (27).
A Convenção Coletiva do Trabalho dos bancário vale até o dia 31/08. Além de propor zero de aumento real durante dois anos (apenas abono), nesta terceira proposta de PLR, os bancos retornaram os valores da regra básica e da parcela adicional vigentes no acordo de 2019, mas mantiveram a redução da regra majorada de 2,2 salários para 2 salários e o percentual da distribuição do lucro da parcela adicional de 2,2% para 2%. Além disso, apresentaram uma regra nova que limita o percentual do lucro a ser distribuído em 2020 e 2021, ao mesmo percentual distribuído em 2019.
Campanha – A definição da pauta final de negociação começou no início do mês de junho, com a consulta aos bancários e os debates nas conferências estaduais. Neste fim de semana, durante a 22ª Conferência Nacional, em São Paulo, cerca de 635 delegados que representam trabalhadores de bancos públicos e privados de todo o país definiram os itens para a Campanha Nacional Unificada 2020. A pauta foi entregue para os bancos dia 23/07. Foram dez rodadas de negociação: Teletrabalho (04); Emprego (06); Saúde e Condições de trabalho (11); Igualdade de oportunidades (13); Cláusulas Sociais e econômicas (13, 18, 20, 21, 22 e 25). A data-base da categoria é 1º de setembro.
Ultratividade – Com o fim da ultratividade, princípio que garantia a validade de um acordo coletivo até sua renovação, nenhum dos direitos da categoria bancária contidos na Convenção Coletiva de Trabalho estão automaticamente assegurados após 31 de agosto, nem mesmo a PLR.
Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região