Após 14 anos de banco, Santander demite bancária com lúpus por telefone

“Me senti desrespeitada e humilhada”, esse é o sentimento de uma bancária demitida pelo Santander, por telefone, em plena pandemia e sem nenhuma justificativa.
A bancária que estava há quase 14 anos no banco, sempre teve boa avaliação de desempenho e risco, e estava em home office, desde o início da pandemia, por pertencer ao grupo de risco. Ela tem lúpus.
“Eu estou em home office e trabalhava muito mais do que quando estava em trabalho presencial. Muitas vezes, passei do horário para atender a demanda da minha gerente que sempre me pedia para ‘adiantar tal coisa’, excedia meu horário e até cheguei a trabalhar nos finais de semana”, e acrescenta.
Ela ainda comenta que tinha uma estreita relação cm sua gerente, mas tudo mudou quando retornou das férias. “Antes eu era convocada para reuniões, me passava bastante demanda de serviço e quando eu retornei, a senti diferente. Já não me passava nenhum trabalho e nem era mais convocada para as reuniões, eu era avisada pelos colegas sobre as coisas que estavam acontecendo”, diz.
Após passar mais de uma semana sem demanda, a bancária conta que foi convocada para uma conversa. “O RH me ligou e me desligou por telefone, me agradeceram pelo tempo dedicado ao banco (13 anos e 6 meses) e nem me deram a chance de questionar o motivo do desligamento. Ali me senti humilhada e desrespeitada. Sempre vesti a camisa do banco, mesmo doente trabalhava e batia todas as metas, e após esses anos todos sou tratada assim”, desabafa.
Contra as demissões
O diretor da Afubesp e do Sindicato dos Bancários de São Paulo Wagner Cabanal critica essa postura do banco que em meio a pandemia está promovendo demissões, inclusive de bancários com problemas de saúde. E destaca que o Sindicato tem uma luta permanente na defesa do emprego.
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