Aditivo: ao invés de avançar, Santander quer retroceder
Na quarta-feira, dia 22, representantes do Santander e dos funcionários reuniram-se para a terceira negociação sobre o acordo aditivo. Esse foi o quarto encontro desde a entrega da pauta de reivindicações, ocorrida em 12 de maio, e mais uma vez o banco não apresentou nada para avançar atender os anseios dos trabalhadores.
De acordo com Mario Raia, secretário de Relações internacionais da Contraf-CUT, o banco propôs a renovação do aditivo na totalidade, porém, com algumas inclusões e uma alteração, que não atendem às reivindicações dos bancários.
O Santander quer, por exemplo, complicar o acesso do bancário ao auxílio-educação, por meio de aplicação de critérios de meritocracia para a concessão da bolsa, como avaliação comportamental (o trabalhador que levar uma advertência não poderá mais concorrer pelo prazo de um ano). Além disso, não quer reajustar o valor.
“Na nossa avaliação esta proposta da forma como está é um retrocesso em relação ao Acordo Aditivo anterior. É inaceitável que na quarta rodada de negociação o banco não traga uma proposta decente. Além de não avançar, traz uma cláusula piorada”, comenta Raia.
“Como é que o banco usa um direito já conquistado pela categoria e coloca critérios para transformá-lo em mais uma ferramenta de ameaça para o cumprimento de meta? Nós repudiamos isso”, critica Maria Rosani,coordenadora da COE, diretora executiva do Sindicato e da Afubesp.
Para o presidente da Afubesp, Camilo Fernandes, que participou da negociação, a instituição tem que apresentar melhorias e não retroceder no que já está acordado. “Vamos continuar visitando as agências e departamentos do banco e discutir esses problemas com os trabalhadores e trabalhadoras do Santander”.
Sobre o PPRS (Programa de Participação nos Resultados Santander) os representantes da empresa não apresentaram proposta alegando não ter tido tempo hábil, mesmo já estarem de posse das reivindicações há 40 dias. O banco informou ainda que não haverá rodada na próxima quarta-feira e que só voltará a negociar na semana seguinte com previsão para o dia 6, data a ser confirmada.
“Está faltando empenho da parte do banco. Nós acreditamos na via negocial e vamos continuar insistindo nas nossas reivindicações e na intensificação da mobilização dos trabalhadores” afirma Maria Rosani.
Afubesp com informações do Seeb SP e Contraf-CUT