VEJA NOTA DA CUT SOBRE A MARCHA DOS 100 MIL
A despeito da opinião do sr. presidente da República, a Marcha dos Cem Mil sobre Brasília, no dia 26 de agosto, é, diferentemente do seu governo, dos que têm rumo. O rumo dos que querem mudar essa política econômica causadora do desemprego e da miséria. O rumo dos que querem um Brasil soberano e não subserviente a especuladores internacionais e ao FMI. O rumo dos que querem um vida melhor para todos e não somente para uma pequena elite econômica.
As entidades que organizam a Marcha dos Cem Mil sabem, porém, que em seu rumo existe um grande obstáculo: o governo Fernando Henrique Cardoso, que com seu discurso de modernidade procura encobrir o que há de mais retrógrado e atrasado na política brasileira, dando um verdadeiro golpe no povo brasileiro – o que, aliás, reflete-se nas pesquisas de opinião.
Mas, por maior obstáculo que seja, nada impede que ele venha a ser superado, afinal esta é a história da humanidade.
São Paulo, 24 de agosto de 1999.
João Vaccari Neto,
Vice-presidente Nacional da CUT”
Mais Marcha
· De Recife já saiu uma caravana com 24 ônibus para Brasília, transportando mais de mil pessoas que levam 40 mil assinaturas no abaixo-assinado que pede a instalação de uma CPI para apurar a privatização da Telebrás e a abertura de processo por crime de responsabilidade contra FHC.
· A Central de Movimentos Populares já dispõe de 95 ônibus que sairão de São Paulo com os sem-teto para o protesto na capital federal
· Conforme informação da Agência O Globo, Dom Tomaz Balduíno, presidente da Comissão Pastoral da Terra disse que não concorda com o presidente Fernando Henrique Cardoso quando ele diz que a oposição é golpista. “ O presidente está fazendo é marketing para tentar desmoralizar, de forma desonesta, a oposição”.
· A segurança da população e a preservação do patrimônio público são as prioridades dos partidos políticos e entidades que promovem a Marcha a Brasília. Segundo divulgou o Informes (publicação diária da liderança do PT na Câmara dos Deputados), para assegurar o caráter pacífico da manifestação, as oposições enviaram em julho ofício ao Palácio do Planalto, ao governo do Distrito Federal, à Câmara e ao Senado. Este mês procuraram os ministros da Casa Militar e da Casa Civil, os presidentes do Senado e da Câmara e a Secretaria da Segurança do Distrito Federal.
fonte: AFUBESP