PLR justa é reivindicação dos bancários
Categoria também quer reajuste de 12,8% e piso igual ao salarial mínimo do Dieese de R$2.297,51
Entre as reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários está a de uma PLR justa com três salários mais R$ 4.500, sem desconto dos programas próprios de renda variável. Dados da própria Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) mostram que o setor teve crescimento de 26,6% somente nos primeiros seis meses deste ano, com lucro líquido de R$ 31,8 bi. Apenas os sete maiores bancos do Brasil lucraram R$ 26,5 bilhões.
Mesmo com lucros tão elevados, os baqueiros querem aumentar apenas 8% no valor da parte fixa paga a título de Participação nos Lucros e Resultados e no teto do adicional. “Com esse reajuste a PLR deste ano ficará menor do que a do ano passo, além disso, os dados mostram que é possível o reajuste de 12,8%”, afirma Luiz César de Freitas, o Alemão, presidente da FETEC-CUT/SP.
A categoria está no oitavo dia de greve e até agora a Fenaban não convocou o Comando Nacional para reabertura das negociações. “Queremos negociar e simplicar o modelo de PLR pago atualmente e aumentar nossa participação, já que o lucro dos bancos não para de crescer”, reforça Alemão.
Outras reivindicações sobre remuneração
– Reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%).
– Piso igual ao salário mínimo do Dieese: R$ 2.297,51 (em junho).
– Plano de Cargos e Salários (PCS) em todos os bancos.
– Gratificação semestral de 1,5 salário para todos os bancários.
– Contratação da remuneração total dos bancários.
– Vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio creche/babá iguais ao salário mínimo (R$ 545).
– Auxílio-educação para todos os bancários.
– Previdência complementar para todos os bancários.
Fetec/CUT-SP