Luta dos bancários injeta R$ 10,549 bilhões na economia brasileira
De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), os reajustes resultantes da luta dos bancários (leia mais abaixo) para firmar o acordo 2018-2020 vão injetar o total de R$ 10,549 bilhões na economia brasileira.
A estimativa foi feita com base na RAIS/2017 (Relação Anual de Informações Sociais) com atualização do CAGED de 2018 (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). A RAIS/2018
ainda não foi divulgada. Apenas em setembro, com a antecipação da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), serão aplicados R$ 3,488 bilhões na economia. Se analisado apenas o reajuste de 2019 nos salários dos bancários, o impacto econômico é de R$ 2,249 bilhões.
No Santander, além do pessoal da ativa o índice de 4,31% também reajustou as complementações do pessoal do Plano V do Banesprev, que não assinaram a Cláusula 44, e aqueles que recebem parte de suas aposentadorias e pensões pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.
PLR no Santander
Embora tenha lucrado R$ 7,120 bilhões no primeiro semestre deste ano, 21% a mais do que o mesmo período de 2018, o Santander desrespeitou o pagamento da primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados relativa a 2019 a seus funcionários, que era pra ser pago no máximo dia 20, conforme definido na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária.
O banco espanhol foi o único a descumprir o acordo. A informação é de que a PLR será creditada apenas no dia 30 de setembro, por conta de dificuldade em rodar duas folhas de pagamento relacionado a programas próprios, PPRS (Programa na Participação nos Resultados Santander) e PPG (Programa Próprio Gestão). Justificativa fajuta já que ambos serão pagos apenas na segunda parcela da PLR, cujo prazo final é 1º de março de 2020.
Como ela será paga?
A primeira parcela da PLR 2019 é composta de regra básica e parcela adicional. A regra básica corresponde a 54%
do salário mais valor fixo de R$ 1.474,42 (reajustado em 4,31%), limitado ao valor individual de R$ 7.916,81 ou a 12,8% do lucro líquido do banco apurado no 1º semestre de 2019, o que ocorrer primeiro. A parcela adicional é a divisão do 1º semestre de 2019, com limite individual de R$2.457,36 (reajustado em 4,31%).