Dia do Artista: Homenagem aos colegas banespianos que se descobriram na arte
Ao longo dos anos, a Afubesp teve – e continua tendo – a felicidade de compartilhar histórias com vários associados talentosos que espalham sua arte mundo afora e nos colorem com suas presenças. Em 24 de agosto, comemora-se o Dia do Artista, e as próximas linhas são dedicadas às centenas de banespianos que carregam o dom mais belo do ser: encantar e inspirar plateias, ouvintes ou leitores.
Por si só, o Banespa era solo fértil onde a arte germinava e dava frutos aos montes. Por 28 edições nacionais, inclusive, foi realizada a saudosa Integração Esportiva e Cultural não só para valorizar os muitos talentos que já brotavam nas agências, mas também dá-los voz. Quem viveu a época, pode até dar alguns exemplos. Atividades teatrais eram encorajadas, e foi assim que colegas como Roberto Coelho descobriram seus dons para atuar, como se fosse uma grande oficina vocacional.
Roberto assumiu a arte como ofício após a aposentadoria. Radialista, instrumentista, cantor, se aventurou até mesmo no audiovisual, em um curta-metragem.
O chamado da arte também aconteceu dentro da agência para Maria Aparecida Santos, a Cidinha, nossa colega de Santos. Idealizou o Coral do Banespa com outros trabalhadores, com o objetivo de ter pausas prazerosas após o expediente no banco, com o apoio da gerência. Já em 2002, nasceu o Coral Vozes, que hoje faz parte de um projeto no Sindicato dos Bancários de Santos. O grupo integra, além de banespianos, também seus familiares e pessoas da comunidade.
Do artesanato feito fio a fio com o grupo “Fios que Aquecem”, aos livros e poemas de banespianos escritores que resgatam a memória do Banespa. Aos associados que encontraram na gastronomia uma paixão e um caminho para tocar o coração do próximo, aos tantos colegas que descobriram a arte correndo nas veias já maduros, e mesmo assim não hesitaram em transformar sentimentos em desenhos, fotos e pinturas, como fez o multifacetado Domingos Galatte. A arte salva!
Um palco no céu
Aqui, deixamos um carinho aos nossos associados que foram encantar outras plateias. Rosa Maria Freitas, que tinha seu talento nas artes cênicas reconhecido por qual tablado pisasse, nos deixou em 2021. Ela foi a responsável por animar nossas tardes de quarentena com suas lives pelo Qualidade de Vida. Nunca há de se esquecer de Primo Noli. O banespiano do interior paulista amava o rádio a ponto de colecioná-los e escrever livros de crônicas. Uma de suas últimas obras, inclusive, foi sobre a história do rádio.
Peço licença para parafrasear Guimarães Rosa: artista não morre: fica encantado.
Matéria originalmente publicada na edição nº 130 do Jornal Afubesp