Conquistas obtidas na greve dos bancários injetam R$ 7,2 bi na economia
Aumentos salariais, nos vales e na PLR dos bancários fortalecem economia do país, que precisa também de juros mais baixos
O aumento do emprego e da renda dos trabalhadores tem trazido impactos positivos à economia brasileira. Foi o mercado interno forte que permitiu ao país manter-se estável durante a crise internacional que abala o mundo.
E campanhas salariais, como a dos bancários, são fundamentais para manter essa política de crescimento e desenvolvimento.
As conquistas da mesa de negociação da Campanha Nacional Unificada da categoria este ano, após 21 dias de greve, já começam a surtir resultados. O reajuste de 9% nos salários, vales refeição e alimentação e os valores da PLR significarão um incremento de R$ 7,2 bi na economia, de acordo com projeção da subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Desse montante, R$ 1,97 bilhões referente à antecipação do pagamento da PLR, já estarão circulando na economia, nos próximos dias. Em todo o país são 483 mil bancários, dos quais 138 mil em São Paulo, Osasco e região. “Essas conquistas, quando se efetivam, trazem reflexos para toda sociedade. Desde o restaurante e o comércio do bairro até os grandes pólos indústrias são movimentados pelos salários fortalecendo o mercado interno”, explica a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
Juros – Outra reivindicação dos trabalhadores, não menos importante para manter essa política de fortalecer o mercado interno e atrair investimento à produção, é a redução da taxa de juros, a Selic. “O corte de 0,5 ponto percentual efetuado pelo Banco Central nessa quarta-feira, não só deve ser mantido, como intensificado. Com juros menores, os investimentos se deslocam dos rendimentos em aplicações especulativas e para ser empregados no financiamento à produção, que gera emprego e renda”, ressalta Juvandia. “Além disso, com a Selic menor caem também os gastos do governo com dívida pública. E sobra mais dinheiro para investimentos sociais e em infraestrutura. Como deve ser”, completa a dirigente.
Seeb SP