Conferência Nacional irá definir reivindicações dos bancários
O maior fórum deliberativo da categoria bancária é uma etapa fundamental da Campanha Nacional Unificada 2014 e tem início nesta sexta-feira. A 16ª Conferência Nacional, em Atibaia (SP), reunirá 696 participantes, a maioria delegados eleitos por bancários de todos os estados brasileiros, além de alguns observadores.
Até domingo 27, esses trabalhadores discutirão as principais reivindicações da categoria – apontadas em consultas nas bases de cada sindicato –, e votarão a pauta deste ano, documento que será entregue à federação dos bancos (Fenaban) para ser discutido nas mesas de negociação da campanha.
“É um momento do ano decisivo para nós, bancários. E nesse período a força da nossa união e a nossa capacidade de mobilização são ainda mais importantes. São elas que arrancarão dos bancos propostas que atendam aos nossos anseios”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.
E os bancos podem, afirma a dirigente: “O setor é um dos mais lucrativos e rentáveis do país. Os balanços, divulgados a cada três meses, mostram resultados sempre crescentes”. Só nos primeiros três meses deste ano, cinco das maiores instituições financeiras do Brasil – BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander – lucraram, juntas, R$ 13,6 bilhões, o que representa crescimento de 15% em relação ao mesmo período de 2013.
Se considerarmos todo o ano anterior, os mesmos cinco bancos chegaram a um resultado de R$ 56 bilhões, aumento de 14% em relação a 2012.
Sem contrapartida – Mas esse crescimento não resulta em ganhos nem para os trabalhadores nem para a sociedade. “O setor bancário continua cobrando tarifas e juros altos da população e demitindo trabalhadores”, critica Juvandia.
Os últimos dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, referentes ao primeiro semestre deste ano, mostram que o setor bancário segue extinguindo empregos (menos 3.746 vagas), na contramão do restante da economia que criou, no mesmo período, quase 600 mil vagas.
“A campanha é o momento em que a categoria bancária vai para as ruas, cobrando dos bancos mais contratação, melhor remuneração, condições dignas de trabalho e um sistema financeiro que de fato contribua com o desenvolvimento do país. A participação de todos é fundamental”, completa a dirigente.
Programação
Sexta – 25 de julho
9h30 às 11h: Painel sobre emprego e reestruturação produtiva
11h às 12h30: Painel sobre Condições de Trabalho e Remuneração
14h30 às 16h: Painel Em defesa da democracia – Ditadura Nunca Mais
16h às 18h: Painel do Plebiscito sobre a Reforma Política
19h: Abertura solene
Sábado – 26 de julho
9h às 9h30: Votação do regimento interno.
9h30 às 10h: Apresentação dos resultados da consulta 2014.
10h30 às 12h30: Análise de conjuntura.
14h às 18h: Trabalho em grupos – emprego (1), reestruturação produtiva no sistema financeiro (2), remuneração (3) e condições de trabalho (4).
Domingo – 27 de julho
9h30 às 9h45: Apresentação da campanha de mídia
9h45 às 13h: Plenária final
Seeb-SP