Bancos privados fecham quase 7 mil postos até setembro
De acordo com dados da Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), divulgada na terça-feira (29) pela Contraf-CUT em parceria com o Dieese, os bancos privados fecharam 6,9 mil postos de trabalho entre janeiro e setembro de 2013. Estes cortes vão na contramão da economia brasileira, que criou 1,323 milhão de novos postos de emprego. A pesquisa teve base nos números do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho.
Os estados com maior corte foram São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Em sua maioria, feitas pelas grandes instituições, como Santander, Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil. A Caixa Econômica, em contraposto, gerou quase 4 mil novas vagas no período, o que impactou positivamente nos resultados do setor.
Segundo o Caged, os bancos brasileiros contrataram 30.417 bancários entre janeiro e setembro e desligaram 33.177. No total do sistema financeiro, foram fechados 2.760 postos de trabalho. O Caged não discrimina a evolução do emprego por empresa, apenas por setor.
A pesquisa mostra ainda que os funcionários admitidos pelos bancos são remunerados com salários inferiores. Entre janeiro e setembro, a remuneração média foi de R$ 2.914, ante o salário médio de R$ 4.594,83 dos demitidos. Isto representa uma remuneração 36,6% inferior, e é uma das saídas dos bancos para reduzir custos.
Enquanto isso, a desigualdade salarial e concentração de renda aumentam dentro dos bancos. No Santander, por exemplo, os diretores embolsaram R$ 5,62 milhões no ano passado, o que significa 119,2 vezes o salário do caixa. Ou seja, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o caixa do Santander precisaria trabalhar dez anos.
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Afubesp