Bancários fortalecem a unidade nacional e traçam estratégias para defesa de direitos

A 21ª Conferência Nacional dos Bancários aprovou, neste domingo (4), as resoluções que vão nortear o movimento sindical bancários no próximo período. Os textos são resultados dos debates acumulado nas conferências estaduais e regionais e durante os três dias de evento, que reuniu mais de 600 delegados sindicais, 395 homens e 209 mulheres, na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
As resoluções versam sobre as mobilizações contra a Reforma da Previdência e contra a MP 881, que libera o trabalho aos sábados e domingos e feriados; em defesa da unidade da categoria bancária e da mesa única de negociação, em defesa da saúde, da soberania nacional, em da liberdade de imprensa e apoio ao jornalista Glenn Greenwald, pela apuração dos mandantes da morte de Marielle Franco, em defesa da liberdade do ex-presidente Lula, que é um preso político e não teve julgamento justo; e a definição do calendário de lutas.
Reforma da Previdência
Segundo o texto da resolução, a Reforma da Previdência (PEC 6/2019) é o maior ataque aos direitos sociais desde o fim da ditadura, pois vai impedir o acesso à aposentadoria de milhões de brasileiros, principalmente os de mais baixa renda; aumentar a miséria e diminuir a renda disponível para idosos, desacelerando ainda mais a economia. A categoria defende a necessidade de mobilização e pressão do movimento sindical para barrar sua aprovação em segundo turno na Câmara, prevista para início deste mês, e para impedir sua aprovação no Senado.
MP 881
Defendida pelo presidente do Santander, Sérgio Rial, a Medida Provisória 881/2019, a MP da Liberdade Econômica, foi alterada pelo Congresso e se tornou a nova reforma trabalhista ao ameaçar os direitos dos trabalhadores e, no caso dos bancários, ameaça a jornada de trabalho, uma vez que propõe a revogação da lei 4.178/62, que impede o funcionamento de bancos aos finais de semana.
Moções
As moções aprovadas tratavam da defesa da Amazônia e um modelo de desenvolvimento com Justiça Ambiental, contra a Polícia de São Paulo e o governador do Estado João Dória, pela derrota das políticas do governo Bolsonaro, que são prejudiciais ao povo brasileiro; pela soberania nacional, em repúdio a tortura e seus defensores, contra o uso de agrotóxico e em defesa da vida, em defesa da democracia, contra a prisão de Preta Ferreira e os outros cinco militantes do movimento de moradia, pela cota mínima de mulheres, com inclusão de pelo menos 30% quando forem definidas as liberações de dirigentes dos seus locais de trabalho para a atuação sindical, e pela liberdade imediata do companheiro Daniel Ruiz.
Calendário
Os delegados e delegadas da 21ª Conferência Nacional dos Bancários aprovaram a participação nas atividades do calendário de luta das centrais sindicais, como as manifestações contra a reforma da Previdência (6/8) e em defesa da Educação (13/8).
Com informações : Contraf-CUT e Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região
Foto: Seeb/SP