Bancários e Fenaban discutem assédio moral na quinta-feira (6)
Representantes dos bancários e da federação dos bancos (Fenaban) reúnem-se na quinta-feira (6) para discutir o instrumento de prevenção de conflitos nos locais de trabalho, um dos avanços da luta dos trabalhadores contra o assédio moral. O debate se dará na mesa temática sobre assédio moral e contará com a presença de diretores do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e da Contraf-CUT.
O Sindicato checa se a denúncia procede e, em caso afirmativo, encaminha-a ao banco, que tem prazo de 45 dias para apontar solução. Esse prazo era de até 60 dias, mas foi reduzido após vitória da Campanha 2013. A adesão dos bancos é voluntária, mas todas as maiores instituições financeiras do país já firmaram acordo para utilização do instrumento. Para utilizá-lo, acesse a página principal do site do Sindicato.
“Com a adoção do instrumento, os bancos admitiram pela primeira vez que o assédio moral faz parte da rotina de trabalho bancário, e isso já foi uma vitória. Além disso, o canal de denúncias é fundamental para combater o problema e deve ser mantido e aprimorado. Temos lutado para isso”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
Ela ressalta ainda que a ferramenta é cada vez mais conhecida e utilizada pelos trabalhadores. “A cada ano o número de denúncias recebidas pelo Sindicato aumenta e, ainda que o canal não seja exclusivo para queixas sobre assédio, elas são a grande maioria, principalmente as relacionadas a metas abusivas”, informa.
O acordo foi assinado no final de 2010. Em 2011, o Sindicato recebeu 387 denúncias por meio do instrumento. O total saltou para 557 em 2012 e foi para 593 em 2013. Apenas em janeiro deste ano, a entidade já recebeu 266 queixas, mas é importante ressaltar que, atipicamente neste mês, a maioria (208) referia-se a problemas com ar-condicionado. Em todo o ano de 2013, 62% das denúncias eram sobre assédio.
Seeb-SP, com edição da Afubesp