Zé Reinaldo, presente!
Neste domingo, 25 de maio, completou um mês da passagem de diretor da Afubesp, José Reinaldo Martins. Em lembrança à essa importante figura de luta pelos banespianos, a entidade publica agora a homenagem prestada ao Zé, que saiu na última edição do Jornal da Afubesp, nº 46.
Zé Reinaldo, presente!
“Quem sabe faz a hora não espera acontecer”. A frase é conhecida e remete a um dos períodos mais tensos do Brasil, a ditadura militar. Mas hoje, o trecho da música de protesto assinada por Geraldo Vandré, vem reverenciar um dos mais ativos dirigentes da Afubesp nas lutas de todos os funcionários do banco: José Reinaldo Martins.
Sempre atento às questões jurídicas que envolviam uma demanda, por conta de sua formação em Direito , o Zé – como era mais conhecido no movimento sindical – dedicou sua vida para defender os direitos dos bancários, o Banespa como banco público, a Cabesp, o Banesprev, os funcionários do Santander, os aposentados e suas complementações.
Durante décadas, foi figura presente nas mais variadas lutas e debates sobre os assuntos de interesse dos trabalhadores da ativa e aposentados do banco, fossem elas audiências públicas, manifestações e protestos, reuniões e negociações com os dirigentes do banco. Costumeiramente, viajava muitos quilômetros para participar de encontros e passar informações importantes aos colegas.
Sua atuação e combatividade o levaram a ser representante eleito em diversos cargos dentro do conglomerado: duas gestões no Corep, duas no Conselho Fiscal da Cabesp, outras duas no mesmo colegiado no Banesprev e atualmente estava no Conselho Deliberativo do fundo de pensão. Dentro da Afubesp, ajudou a construir a entidade participando ativamente desde 1996. Sem contar o tempo em que foi dirigente do Sindicato dos Bancários de Rio Claro.
“Uma vida doada a militância, incansável companheiro, que mesmo sem estabilidade sindical fez o enfrentamento e esteve sempre na linha de frente na luta pelos banespianos”, lembra o presidente da Afubesp, Camilo Fernandes.
Uma partida repentina
Por esses e outros motivos, a sua morte precoce, ocorrida antes mesmo de completar 55 anos e logo após ter se aposentado, deixou enlutada toda a comunidade banespiana e o movimento sindical bancário. E a partida repentina e dolorosa, ocorreu justamente em uma data representativa, bem ao seu estilo: 25 de abril, o dia da Revolução dos Cravos, que derrubou uma feroz ditadura em Portugal.
O diretor da Afubesp José Aparecido da Silva, o Chocolate, considera que Zé Reinaldo era um dos imprescindíveis de Bertold Brecher, pois lutou durante toda a sua vida.
A dirigente Rita Berlofa compartilha da mesma opinião: “Tinha uma inteligência ímpar, era extremamente comprometido e responsável. Por isso vai fazer muita falta para o movimento sindical”.
“Temos muito a agradecer ao Zé. Por ter estado conosco esses longos anos, ter nos ensinado a fidelidade com o grupo, a pensar a política como promotora do bem coletivo, de não silenciar diante das alianças que no seu modo de ver nunca foi e nunca seria confiável”, comenta o vice-presidente da Afubesp, Paulo Salvador.
O coordenador da Comissão Nacional dos Aposentados (CNAB), Herbert Moniz, finaliza: “ele empregou o melhor da sua juventude, o melhor dos seus momentos, o melhor de sua inteligência, o melhor de seu coração na defesa de intransigente do direito de todos”.
É… O Zé sabia a hora e ele fez acontecer.