SEM PLR JÁ E SEM ÍNDICES DA FENABAN NÃO TEM ACORDO

Antecipada para as 11h, a negociação de hoje  não trouxe novidade quanto às cláusulas salariais. O banco manteve sua proposta de reajuste zero, congelamento das verbas e não-pagamento da antecipação da PLR.

Os representantes dos funcionários, bateram pé firme na obrigatoriedade do banco de, no mínimo, repassar os índices da Fenaban e pagar a antecipação da PLR, que deveria ser creditada amanhã, 12. Numa demonstração de flexibilidade, a Executiva do Comando propôs que o Banespa efetue o pagamento na folha de novembro.

Na ata, a Executiva registra o seguinte protesto com relação à postura do banco: “Causa estranheza que a diretoria se negue a cumprir os índices e a antecipação da PLR negociados com a FENABAN, ao mesmo tempo em que os funcionários são obrigados a cumprir uma infinidade de metas, o que resultou no lucro líquido de R$ 749,4 milhões acumulado até setembro/99.”

A próxima rodada de negociação foi marcada para o dia 19, sexta, às 10h, na véspera do Encontro Nacional.

“Day After”. O protesto dos funcionários, ontem, mexeu com os ânimos da direção do banco, que hoje recuou e aceitou manter algumas cláusulas sociais que pretendia retirar desde o ano passado.

Reconhecimento. Para os integrantes da Executiva, aceitar a proposta salarial do banco não significa apenas ficar sem nenhum reajuste quando os preços estão aumentando, é também admitir que o Banespa está mesmo federalizado, será privatizado e é regido conforme os humores do Banco Central e do governo federal.

Na avaliação deles, se todo o processo de federalização do Banespa está sub judice, não serão os funcionários que vão endossá-lo, depois de quase cinco anos de resistência e justo no momento em que essa política de privatizações está caindo em desgraça perante a população.

Além do mais, se o Banespa tem obtido excelentes resultados graças ao desempenho do funcionalismo, se este tem cumprido a contento as metas propostas, o reajuste é mais do que um direito, é um reconhecimento pelos serviços prestados.  E  não existe reconhecimento com rebaixamento do acordo coletivo.

Segundo Ademir Wiederkehr, diretor da Afubesp,  a força das paralisações de ontem demonstrou que o banespiano está disposto a exigir o repasse das cláusulas econômicas da Fenaban, defender o acordo coletivo e derrotar o processo de privatização.  

“Há alguns anos os banespianos não fazem greve, mas eles se lembram bem da receita.  Reajuste zero, congelamento de verbas e não-antecipação da PLR são ingredientes que levarão o funcionalismo à greve”, afirma.

Encontro Nacional. A Executiva conclama os funcionários a reforçar a preparação para a greve, caso o banco não altere sua posição. O primeiro passo é participar do Encontro Nacional no próximo dia 20, às 10h, no Esporte Clube Banespa de São Paulo.

O Encontro, aberto a todos os banespianos, da ativa e aposentados, vai analisar eventual proposta apresentada na rodada do dia 19 e discutir a organização da greve dia 24, se nada houver mudado. É importante organizar sua unidade e procurar o sindicato de sua região para viabilizar a presença do maior número de pessoas em São Paulo no dia 20.  A hora é agora!

A seguir a ata da negociação de hoje:   

ATA DE NEGOCIAÇÃO PARA RENOVAÇÃO DO ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 1999/2000,  REALIZADA NO DIA 11/11/99, ÀS 11:00 HORAS

Participantes:   

Pelo Banco –           Dr. Dimas, Paulo Martins, Gil, Maria Eduarda, Lucia e William.

Representantes da Executiva – CNB/FETEC – CUT-SP, Sindicato dos Bancários de São Paulo, Sindicatos e Federações Cutistas, AFUBESP, DIREP/COREP:  Ana Érnica, Sebastião, Rondino, Rita Berlofa, Cido Sério, Óliver, Vera Marchioni, João de Oliveira e Dra. Deborah.

Representantes da Executiva – Federação dos Bancários de SP/MS, Sindicatos e Federações e COREP: Ernesto, Zazá,  Benedetti, Jadson, Borginho e Cristiano.

– Os representantes do funcionalismo iniciaram a reunião indagando sobre nova proposta para as cláusulas econômicas e pagamento da primeira parcela da PLR por parte do Banco.   

– O Sr. Diretor informou que a proposta apresentada na última reunião está mantida.

– Os representantes dos funcionários insistem que o Banco deve seguir, no mínimo, os índices de reajuste da FENABAN e pagamento da antecipação da PLR até o dia 12.

Diante da manutenção da proposta salarial da Diretoria, os representantes do funcionalismo reafirmaram a obrigatoriedade de o Banespa cumprir no mínimo os índices acordados com a FENABAN.

Também ressaltaram que o Banco é obrigado a pagar a antecipação da PLR ( 40% do salário mais R$ 134,00, limitada à R$ 1.559,00) como todos os demais bancos do sistema financeiro, extensiva ao Conglomerado, CABESP e aposentados.

Para os banespianos, causa estranheza que a Diretoria se negue a cumprir os índices e a antecipação da PLR negociados com a FENABAN, ao mesmo tempo em que os funcionários são obrigados a cumprir uma infinidade de metas, o que resultou no lucro  líquido de R$ 749,4 milhões acumulado até setembro/99.   

– Em seguida foram discutidas as seguintes cláusulas:

–          ESTABILIDADE PROVISÓRIA – AFUBESP E DIEESE (Artigo 63 da Proposta Unificada das Executivas)

CONSENSO, com a seguinte redação:

“Gozarão de estabilidade provisória, salvo por motivo de justa causa para demissão, os funcionários candidatos às eleições para as Diretorias Executivas da AFUBESP e do DIEESE, desde o registro de suas candidaturas, até 1 (um) ano após o final do mandato, se eleitos.   

Parágrafo Único – Aos não eleitos fica assegurada a estabilidade até 60 (sessenta) dias após as eleições.”   

–          ESTABILIDADE PROVISÓRIA PARA OS MEMBROS DO COREP – (Artigo 64 da Proposta Unificada das Executivas)

CONSENSO, com  a seguinte redação:

“O Banco dará cumprimento ao artigo 40 do seu Estatuto e ao Regulamento do COREP constante no MOR/1-Título VII-1.”   

–          CONDIÇÕES DE TRABALHO DO CAIXA (Cláusula 55ª da Proposta do Banco e Artigo 65 da Proposta Unificada das Executivas)

CONSENSO, com a seguinte redação:   

“A Junta Auxiliar de Bateria de Caixas poderá propor mudanças visando a melhoria das condições de trabalho na Bateria.   

Parágrafo Único – No prazo máximo de 30 (trinta) dias a partir da assinatura do Acordo Coletivo, será composta uma Comissão formada pelo Banco, SEEB/SP, FEEB-SP/MS, DIREP/COREP, CIPAS, AFUBESP, e Comissão de Caixas, com o objetivo de reestudar o novo modelo a ser implantado de guichê de caixas adaptado aos novos equipamentos, instalados nas Agências. Essa Comissão terá um prazo de 60 (sessenta) dias, após o início dos estudos, para apresentar a conclusão dos trabalhos, para a Executiva do Comando Nacional BANESPA e Diretoria do Banco. O cronograma de implantação das alternativas encontradas será discutido no Comitê de Relações Trabalhistas e submetido à Diretoria do Banco. O fato de reestudar o novo modelo de guichê, não exime o Banco de dar cumprimento à NR-17 da Portaria 3.214/78.”

–          REUNIÕES DO COREP (Artigo 93 da Proposta Unificada das Executivas)

CONSENSO, com a seguinte redação:

“Aos membros do COREP ficam asseguradas as liberações e reuniões nos locais de trabalho, conforme estabelecido em seus estatutos.”   

–          POSSE NA DIREP E COREP (Artigo 94 da Proposta Unificada das Executivas)

CONSENSO, com a seguinte redação:

“O Banco dará posse ao Diretor Representante e Conselheiros eleitos imediatamente após os trâmites administrativos e legais pertinentes.”   

–          CONSTITUIÇÃO E ELEIÇÃO DOS MEMBROS DA CIPA (Cláusula 82ª da Proposta do Banco e Artigo 95 da Proposta Unificada das Executivas)

CONSENSO, com a seguinte redação:

“O Banco convocará eleições para as CIPAs com 45 (quarenta e cinco) dias de antecedência de sua realização, dando publicidade do ato, através de edital, enviando cópia aos respectivos Sindicatos nos primeiros 10 (dez) dias do período mencionado.

Parágrafo Primeiro – Par

fonte: AFUBESP