Pauta da Campanha Salarial será entregue aos bancos no dia 11
A pauta de reivindicações da Campanha Nacional Unificada 2014 será entregue aos bancos no dia 11. A reunião entre os integrantes do Comando Nacional dos Bancários e representantes da Fenaban está marcada para 11h, em São Paulo.
“Assim estará lançada oficialmente nossa campanha. Os bancos passarão a ter conhecimento das reivindicações dos trabalhadores debatidas e votadas nacionalmente e, a partir disso, começam as rodadas de negociação”, explica a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando.
Esta pauta final que será entregue à Fenaban, foi definida entre os dias 25 e 27 na 16ª Conferência Nacional dos Bancários, por 634 delegados eleitos em todo o Brasil.
Pauta – O índice de reajuste reivindicado é de 12,5% (composto por 6,76% de reposição da inflação projetada mais aumento real de 5,4%) e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), de três salários mais R$ 6.247. Os bancários querem o 14º salário e, para o piso, R$ 2.979,25: o salário mínimo previsto pelo Dieese. A reivindicação para vales refeição e alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá e o valor de um salário mínimo mensal para cada: R$ 724.
A categoria também quer agregar novas conquistas à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O lucro líquido dos cinco maiores (BB, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander), no primeiro trimestre de 2014, bateu a casa dos R$ 13,6 bilhões. “Foi um aumento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. E a projeção é de que essa evolução continue no segundo semestre.” Esses dados devem se confirmar em breve: está prevista para dia 31 a divulgação dos balanços semestrais de Bradesco e Santander, e do Itaú para 5 de agosto.
Emprego e saúde – Além da pauta econômica, os bancários vão à mesa de negociação cobrar mudança radical no sentido de melhorar as condições de trabalho. “Há um grave quadro de sobrecarga que adoece milhares de bancários todos os anos. Por isso vamos pressionar para que os bancos parem de demitir e contratem mais, além de dar cabo desse modo de gestão absurdo que muitas vezes se utiliza do assédio moral para cobrar metas abusivas.”
Principais itens aprovados
• Reajuste Salarial de 12,5%, sendo 5,4% de aumento real, além da inflação projetada de 6,76%
• PLR – três salários mais R$ 6.247
• Piso – R$ 2.979,25 (Salário mínimo do Dieese)
• Vales Alimentação, Refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá – R$ 724 (Salário Mínimo Nacional);
• 14º salário
• Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários
• Emprego – Fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e precarização das condições de trabalho, adoção da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas
• Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários
• Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós
• Dois vigilantes durante o expediente
• Portas giratórias com detector de metais desde o autoatendimento das agências
• Fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários
• Igualdade de oportunidades para todos