Dia Mundial da Gentileza: ser gentil é contagioso. Pratique!
Em tempos de polarização de ideias, demonstradas fortemente nas redes “antissociais”, fazer gestos que amenizem os ânimos são fundamentais para uma boa convivência no trabalho, em família, com amigos de longa data. Com este objetivo, o de criar um mundo mais gentil, foi instituído que 13 de novembro é o Dia Mundial da Gentileza. Uma data para lembrar o que é preciso exercer diariamente.
A ideia de criar um dia para exaltar a gentileza surgiu numa conferência realizada em Tóquio, em 1996, que reuniu grupos que propagavam este conceito mundo afora. O movimento foi criado oficialmente em 2000.
Madre Teresa de Calcutá disse que “palavras gentis podem ser curtas e fáceis de falar, mas seus ecos são verdadeiramente infinitos”. E ela tinha razão. De acordo com cientistas de um novo centro de pesquisa nos Estados Unidos a gentileza é capaz de prolongar a vida de quem pratica. “Nossa observação parte do ponto de vista científico. Estamos falando da psicologia, da biologia e das interações sociais positivas”, diz Daniel Fessler, diretor do instituto Bedari Kindness da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). As informações são da BBC.
Em seu trabalho, Fessler analisou como as pessoas podem ser motivadas a serem gentis, simplesmente testemunhando atos de bondade e descobrindo quem é afetado por essa “gentileza contagiosa”. Para ele gentileza é: “pensamentos, sentimentos e crenças associados a ações que pretendem beneficiar os outros, em que beneficiar os outros é um fim em si mesmo, não um meio para um fim”. E a falta de gentileza reflete, por outro lado, “uma falta de valorização do bem-estar dos outros”.
O instituto que ele dirige foi fundado graças a uma doação de US$ 20 milhões (R$ 83,4 milhões) da Fundação Bedari, criada pelas filantropos Jennifer e Matthew Harris. Harris diz que são necessárias pesquisas “para entender por que a gentileza pode ser tão escassa neste mundo moderno” e para “superar a divisão entre ciência e espiritualidade”.
Alguns dos projetos do instituto incluem examinar antropologicamente como a bondade se espalha entre as pessoas, analisar sociologicamente como aqueles que se comportam mal podem ser persuadidos a serem gentis e pesquisar pelo viés da psicologia como a gentileza pode melhorar o humor e reduzir os sintomas de depressão.
Érika Soares – Afubesp, com informações da BBC