Contra retrocessos, bancárias se unem a outras categorias no 8 de Março

Em defesa da democracia, pelos direitos das mulheres e contra os retrocessos, o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, será marcado por atos em locais de trabalho, debates e passeatas pela capital paulista.
A Marcha das Mulheres que tem como tema Pela Vida das Mulheres – Democracia e Soberania. Temer Sai, Aposentadoria Fica terá concentração às 16h, na Praça Oswaldo Cruz, no Paraíso, em São Paulo. Às 18h, sairão em caminhada pela Avenida Paulista.
Dentre as bandeiras deste ano, protestos contra as reformas promovidas pelo governo Temer, a retirada de direitos e defesa da igualdade de oportunidades, lembrando que, nesse cenário de retrocessos, as mulheres são as mais prejudicadas.
Estudos recentes mostram que 59% das pessoas desempregadas são mulheres e elas demoram mais para se inserir no mercado: cerca de 15,25 meses. Em relação aos homens, esta média reduz para 12,43 meses. Quando conseguem vaga, são admitidas ganhando menos. No caso das bancárias, de acordo com pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, até 28% menos que os bancários contratados em janeiro deste ano.
“Nós mulheres levaríamos 88 anos para ter igualdade salarial com os homens como já mostrou um estudo. Mas, nesse cenário, de um ano com muitos retrocessos, vemos que essa discrepância ficou ainda mais distante de ser alterada”, diz Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato.
Neiva lembra ainda que as mulheres levaram anos para conseguir algumas importantes conquistas, que agora estão desaparecendo muito rápido. “Além de lutar contra os retrocessos impostos pelo governo Temer, temos que lutar contra as leis que impedem a gente de ter o direito sobre o nosso próprio corpo, para que mais mulheres ocupem cadeiras no parlamento, para erradicar a violência contra a mulher que cresce a cada dia, contra o desmonte das leis trabalhistas e mais que isso, dizer não à PEC 287, da reforma da Previdência”, finaliza.
Jornada das Mulheres – Os atos do 8 de março em SP compõem a Jornada de Luta das Mulheres em Defesa da Democracia e dos Direitos, que foi lançada em 24 de fevereiro, em São Bernardo do Campo, e que percorrerá cidades do interior paulista até o dia 1º de maio.
SP Bancários
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil