Consciência Negra: um dia de reflexão e luta por igualdade de oportunidades
O dia 20 de novembro é de luta por igualdade e de reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. A data – conhecida como Consciência Negra – foi escolhida para homenagear Zumbi dos Palmares, um ícone na defesa dos negros contra a escravidão no período do Brasil Colonial.
E lá se foram 129 anos desde a Abolição, mas o Brasil ainda segue o caminho do preconceito e da desigualdade de oportunidades no mercado de trabalho, em especial nas instituições financeiras.
Por aqui, os negros são 51% da população brasileira, mas segundo o Censo da Diversidade (2014) eles são apenas 24,8 % dos trabalhadores nos bancos, isso porque o movimento sindical trabalhou muito para aumentar esse percentual, que era 19% em 2008.
“Apesar de possuírem formação e competência para exercerem cargos de gestão e diretoria nas instituições financeiras, negros e negras estão concentrados em funções operacionais, administrativas e comerciais. Além disso, muitas vezes, o negro é relegado a posições de baixa visibilidade, escondido em áreas como call center e compensação”, comentou a dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ana Marta, durante o IV Fórum pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro, realizado em Recife nos dias 9 e 10 deste mês.
Para Ana Marta, no caso das mulheres negras a situação é ainda mais alarmante. “Negros e negras encontram nas instituições financeiras, em média, salários menores que dos brancos. No caso das mulheres negras, essa questão é ainda mais grave, já que sofrem uma dupla discriminação: racial e de gênero.”
Afubesp com SP Bancários