Bancários lançam série de relatos sobre demissões nos grandes bancos

Na última terça-feira (11), o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região lançou em suas redes série de relatos sobre as demissões nos três maiores bancos privados do país: Santander, Itaú Unibanco e Bradesco. Bancários e bancárias relatam como eram suas vidas durante o tempo em que se dedicaram às instituições financeiras. Ao todo serão nove vídeos.
No primeiro, Luiz Carlos, profissional que trabalhou por 9 anos no Santander e foi demitido nas últimas semanas. Justificativa: baixa produtividade. Mas o histórico do funcionário contradiz o motivo dado pelo banco. “Eu me lembro da Copa de 2014. Eu vesti literalmente a camisa do banco. Muitos estrangeiros no país e eu era linha de frente no saque do Santander. Atendimento em inglês, espanhol. Vai, Brasil! No saque, a chefia te monitora o tempo todo e ainda tem a avaliação do cliente. Eu nunca recebi uma reclamação, uma advertência. Muito pelo contrário, eu recebia muitos elogios.” (sic)
Demissões
Desde que começou a pandemia, o sindicato iniciou campanha junto aos bancos contra as demissões. Em março, os bancos haviam assumido compromisso público de não demitir enquanto durasse a pandemia, mas voltaram atrás e estão demitindo pais e mães de família. Já são cerca de 12 mil bancários demitidos este ano.
As demissões começaram pelo banco Santander, ainda no início de junho. Como justificativa para as demissões, o banco alega que o compromisso se encerrou em maio e que os bancários são demitidos pelo baixo desempenho. Mas, o Brasil é responsável por 32% do lucro mundial do Santander e mesmo após ter realizado uma provisão para créditos de liquidação duvidosa (PDD) de R$ 10,4 bilhões, o banco registrou um lucro de R$ 5,989 bilhões no primeiro semestre de 2020.
Assista ao vídeo: