Afubesp presente em mobilização contra o PL 4330
A Afubesp se junta a militantes, trabalhadores e dirigentes da CUT em mobilização nesta terça-feira (13) em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, a fim de pressionar os parlamentares contra a aprovação do Projeto de Lei 4430, que terceiriza e tira os direitos dos trabalhadores. A última rodada de negociação entre trabalhadores, empresários, governo e deputados terminou sem acordo. O projeto sobre terceirização, em pauta na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ), deve ser votado na quarta-feira (14).
Estarão presentes trabalhadores de São Paulo, Tocantins, Rio Grande do Sul, Paraná, Piauí e Pará e outros estados. Durante o dia, a mobilização ocorrerá na CCJ e nos gabinetes dos deputados, onde dirigentes cutistas vão tentar convencer os parlamentares a votar contra o PL de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), relatado e piorado pelo deputado Artur Maia (PMDB-BA). À noite, todos vão se concentrar no Congresso Nacional, onde farão uma vigília com centenas de velas acesas.
De acordo com Camilo Fernandes, presidente da Afubesp, a mobilização é importante por conta da ameaça de precarização das condições de trabalho, redução de salários, benefícios, desrespeito a jornada de trabalho, entre várias outras perdas de direitos. “E, consequentemente, a redução dos postos de trabalho, e outros motivos. Esta incidência é bem maior entre os terceirizados”, pontua.
O trabalhador terceirizado permanece 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada semanal de três horas a mais e ganha 27% a menos que o contratado de forma direta, de acordo com estudo de 2011 da CUT e do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Porém, nenhum número é tão revelador da precariedade imposta pelos patrões aos terceirizados: a cada dez acidentes de trabalho, oito ocorrem entre terceirizados. No Brasil, há entre 12 e 13 milhões de terceirizados segundo diferentes fontes (não há dados oficiais), mas esse número pode ser bem maior. O total equivale a 25% do total de trabalhadores com carteira assinada no país.
“A CUT permanecerá na mesa de negociação para tentar construir um acordo capaz de regulamentar a terceirização sem que se isso seja sinônimo de precarização, redução de direitos, de salários e enfraquecimento da representação sindical. Mas também faremos o enfrentamento colocando nossos militantes em Brasília para impedir que um texto com uma série de ataques aos trabalhadores seja votado e aprovado”, diz o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.
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Afubesp com CUT Nacional