AFUBESP CONTESTA COLUNA DA JORNALISTA MIRIAM LEITÃO
Ao retificar uma daquelas informações distorcidas publicadas com o intuito de desqualificar os banespianos, a colunista do jornal O Globo, Miriam Leitão, escorrega no mau jornalismo, ou seria má-fé?, e erra novamente.
No último dia 16, ela havia divulgado, na coluna Panorama Econômico, a existência – pasmem! – de 312 funcionários do Banespa cedidos para o Sindicato dos Bancários de São Paulo. No dia seguinte, 17, ao fazer a correção cobrada pela entidade, Miriam muda o alvo para a Afubesp e “outras representações”.
A generalização das informações evidencia a má-vontade da jornalista de apurar corretamente os dados que teriam sido fornecidos pelo Banco Central. Pior, a informação falsa, publicada duas vezes, parece de encomenda para indispor a opinião pública com o funcionalismo do Banespa.
Miriam Leitão é defensora assumida da política privatista de FHC e Cia e uma das expoentes do chamado jornalismo “chapa branca”. Tanto que o colunista da Folha de São Paulo, Zé Simão, satiriza essa postura da jornalista, proclamando em várias edições a necessidade de “privatizar a Miriam Leitão” (essa privatização, certamente, os banespianos apoiariam).
O fato é que defender o privatismo fernando-covista não dá o direito à jornalista de publicar informações falsas. Por isso, o presidente da Afubesp, Eduardo Rondino, enviou carta ontem à coluna Panorama Econômico solicitando a retificação das informações divulgadas, em respeito aos leitores do jornal.
Veja a carta de Rondino:
“Um erro que vale por dezenas
Para cobrir um santo – um erro divulgado na coluna Panorama Econômico do dia anterior – a jornalista Miriam Leitão descobre outro e conduz o leitor a uma informação errada sobre a Afubesp – Associação dos Funcionários do Banespa.
Ao publicar em sua coluna de ontem, 17, que o Banespa não tem 312 funcionários cedidos ao Sindicato, como havia afirmado no dia 16, a jornalista transfere seu alvo e afirma: “Para outras representações, como a Associação dos Funcionários do Banespa, existem dezenas de funcionários cedidos.” A generalização prejudica a informação e compromete o bom jornalismo, por isso, solicitamos seja feita a devida correção, porque um erro num jornal do porte de O Globo repercute não em dezenas, mas em milhares de cidadãos.
Esclarecemos que apenas 3 diretores da Afubesp são liberados pelo Banespa para o exercício de seu mandato, uma conquista do acordo coletivo dos banespianos. Os demais diretores trabalham normalmente nas unidades em que estão lotados.
Pois é, com apenas 3 funcionários liberados, a Afubesp tem-se destacado na defesa do Banespa. Imagine o que poderia fazer se tivesse 322 funcionários “cedidos pelo banco”: teria força até para barrar a campanha pela “privatização da Miriam Leitão”, deflagrada pela coluna do Zé Simão, na Folha de S. Paulo.
O que queremos mesmo é impedir a entrega de mais um patrimônio público para a iniciativa privada que, se consumada, acarretará grandes prejuízos para o país, particularmente para os pequenos e médios produtores rurais do Estado de São Paulo que buscam financiamento no Banespa para suas atividades agrícolas.
Aproveitamos a oportunidade para dizer que a diretoria da Afubesp está à disposição para fornecer informações sobre o “outro lado”. Aquele que defende o projeto Banespa Banco Público, porque o País não precisa de mais um banco privado e, sim, de crédito para geração de emprego e renda.
Não é demais lembrar que ouvir o outro lado é uma prática saudável no jornalismo, mesmo para quem, como Miriam Leitão, posiciona-se favoravelmente à privatização. Os leitores têm o direito de saber que essa não é uma posição única e hegemônica. Isso faz parte da democracia, da qual o jornal O Globo proclama-se guardião.
À espera de que sejam feitos os devidos esclarecimentos, subscrevo
Eduardo Rondino
Presidente da Afubesp”
fonte: AFUBESP