Bancários protestam contra Santander na Final da Libertadores
Érika Soares
Postado em 24 de junho de 2011
Na noite da última quarta-feira, 22, bancários do Santanter foram até ao estádio do Pacaembu para protestar contra o desrespeito do banco espanhol – que é patrocinador da Taça Libertadores da América – com o Brasil e os brasileiros. Durante a atividade, foram entregues panfletos aos torcedores do Santos e Peñarol denunciando que a instituição financeira é campeã em assédio moral, demissões e reclamações dos clientes, além de dar calote nos aposentados do Banespa.
A manifestação foi promovida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Afubesp, Fetec-SP, Contraf-CUT e UNI Américas, pouco antes da grande decisão, onde o Santos venceu e comemorou o título de tricampeão.
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O objetivo das entidades foi ressaltar a fraude histórica empreendida pelo Santander ao tentar colar sua imagem a um torneio que homenageia a memória daqueles que morreram para conquistar a independência das Américas diante da exploração colonial das potências europeias, como a Espanha.
“Há anos a Afubesp faz parte do grupo de entidades que apoiam a campanha de mídia que leva a eventos esportivos patrocinados pelo banco faixas e cartazes exigindo respeito do banco”, explica o presidente da Afubesp e diretor executivo do Sindicato, Paulo Salvador. “Um deles é a Copa Libertadores da América, ironicamente bancada hoje por uma instituição que nasceu e mantém sua sede em um dos principais países colonizadores do continente, a Espanha.”
A secretária de Finanças do Sindicato e vice-presidenta da Afubesp, Rita Berlofa, explica que os trabalhadores reivindicam a assinatura de um acordo global que respeite direitos fundamentais dos trabalhadores, como à organização, à sindicalização e ao diálogo social, independentemente do país em que atuam. Isso porque, “o banco tem explorado os trabalhadores em todos os países das Américas com práticas antissindicais, assédio moral para o cumprimento de metas absurdas e ainda dá calote nos aposentados do antigo Banespa apenas para acumular lucros cada vez maiores que são remetidos para matriz espanhola e pagar salários milionários à diretoria executiva”, comenta a dirigente.
Érika Soares – Afubesp
Foto: Dorival Elze
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