Trabalhadores com deficiência na pauta
Representantes do Sindicato de São Paulo, Contraf-CUT, Fetec-CUT/SP e da Afubesp participaram na quinta-feira, 10, da apresentação do programa do Santander para funcionários com deficiência.
Apesar das ações mostradas na reunião serem interessantes, o banco ainda não cumpre a legislação brasileira, que garante cota mínima de 5% dos empregos para pessoas com deficiência. Segundo dados da pesquisa Mapa da Diversidade da categoria, existem apenas 7 mil bancários portadores de deficiência em todo o Brasil.
O encontro faz parte da agenda de reuniões com a instituição financeira. Representantes dos trabalhadores já apresentaram ao banco uma pauta que contempla as necessidades dos bancários e apresenta problemas vividos por quem tem mobilidade reduzida. A dificuldade na locomoção é um dos casos, tendo em vista que o transporte público não atende às necessidades de todos os funcionários com deficiência e o valor custeado pela empresa é apenas para o vale-transporte.
“No projeto apresentado pelo Santander está o treinamento de gestores para lidar de forma correta com pessoas com deficiência e essa é uma das nossas reivindicações. Mas ainda vamos analisar todo o projeto, verificar se contempla a pauta que entregamos à direção do banco e cobrar se as ações apresentadas pela instituição financeira estão sendo colocadas em prática de maneira efetiva além de ficar de olho no cumprimento da cota, que já passou da hora de ser preenchida”, disse o funcionário do Santander e diretor da Fetec-CUT/SP José Roberto Santana.
A Afubesp foi representada na reunião pelos diretores José Reinaldo Martins e Isaías Dias, que também é vice-presidente do Conade (Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência).
Grupo de diversidade – Dirigentes sindicais aproveitaram o encontro para solicitar a participação no grupo de diversidade do banco. Segundo representantes do Santander, é nesse grupo que as ações são pensadas e encaminhadas ao comitê executivo do banco. “Queremos colaborar com nossas experiências sobre a dificuldade de acessibilidade, ascensão profissional e outras barreiras enfrentadas pela categoria e somar nossas vivências nas discussões do grupo, pensando em melhorar a vida do trabalhador com deficiência”, concluiu José Roberto.
As reivindicações serão discutidas na próxima reunião. A data ainda será agendada.
Seeb SP