Problemas graves no Santander devem ser tratados em negociação urgente, reivindica Sindicato de São Paulo
O Sindicato dos Bancários de São Paulo enviou nova carta nesta quarta-feira, dia 23, ao presidente do Santander Brasil, Marcial Portela, reivindicando negociação urgente para resolver graves problemas que vem ocorrendo desde a integração tecnológica com o Real.
Isto porque, o descontentamento dos clientes, que chegam a expor publicamente suas insatisfações com a empresa nas redes sociais, não param. Enquanto isso, os trabalhadores estão “desolados, desesperados com uma rotina que desgasta, desanima, destrói sua saúde”, diz a correspondência.
Funcionários têm feito denúncias ao sindicato sobre a situação caótica que vem enfrentando por falta de pessoal e até de estrutura nas agências. Algumas delas foram restransmitidas ao presidente do banco para mostrar como é importante que medidas emergênciais sejam tomadas neste período conturbado.
“A meta deve ser do banco: resolver as falhas do sistema. E queremos que sejam pagas a todos a mesma remuneração variável do mês anterior à fusão tecnológica até que os problemas sejam resolvidos”, afirma Rita. As outras reivindicações são o devido treinamento para operação do novo sistema, a não consideração de reclamações de clientes feitas no SAC e no Banco Central para efeito de remuneração variável, mais monitores nas antigas agências do Real e a contratação de mais empregados.
Veja todas as reivindicações:
– Nada de metas de venda de produtos enquanto não se resolver os problemas decorrentes da fusão tecnológica;
– A meta deve ser do banco: resolver os problemas que existem no sistema e que estão transtornando a vida de clientes e bancários, antes que a propaganda boca a boca destrua de vez a credibilidade do Santander;
– A meta do trabalhador não deve ser outra que não atender o cliente e solucionar seus problemas;
– Os bancários precisam ser treinados para operar o novo sistema;
– É necessário aumentar o número de monitores para auxiliar os funcionários oriundos das agências do Real;
– O trabalhador não pode ser prejudicado pelos problemas causados pelo banco, assim, este mês deve ser paga a todos a mesma remuneração variável do mês anterior à fusão tecnológica;
– O banco deve pagar todas as horas extras feitas pelos funcionários, já que folgas não podem ser gozadas porque faltam bancários para realizar os serviços;
– Contratação imediata de mais empregados para melhorar o atendimento: é o mínimo que a sociedade brasileira diante do lucro alcançado pelo Santander no Brasil.
Érika Soares – Afubesp