Passeata dos bancários nas ruas para cobrar banqueiros e governo
A união da classe trabalhadora foi a marca da passeata que coloriu de vermelho e amarelo as ruas do centro velho de São Paulo. Nessa sexta-feira 30, os bancários, em seu quarto de paralisação, uniram-se aos funcionários dos Correios, em greve há 17 dias, para cobrar uma proposta decente dos banqueiros e do governo. Os funcionários da estatal também marcharam contra o desconto dos dias parados.
O protesto contou com mais de 8 mil trabalhadores que fizeram todo o percurso, da Rua Líbero Badaró passando pela Sé, Boa Vista e voltando ao Vale do Anhangabaú, animados pela bateria da escola de samba Tom Maior.
As duas categorias estão de braços cruzados por melhores salários e condições de trabalho, entre outras reivindicações.
Do alto do caminhão de som, a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, saudou os trabalhadores reunidos na bela caminhada e lembrou que a greve dos bancários está crescendo. “Nesta segunda-feira chegamos ao sétimo dia do movimento dispostos à luta, como sempre, e abertos à negociação. Está nas mãos dos bancos decidir: que a paralisação siga por esta semana, ainda maior, ou se vão apresentar proposta decente que valorize seus funcionários.”
O presidente do sindicato dos funcionários dos Correios, Elias Diviza, ressaltou a força do protesto unificado. “O que fizemos hoje entra para história. Agradecemos o apoio dos bancários na nossa luta.”
Nas ruas – Quem estava de fora, aproximou-se para apoiar a manifestação. “Acho essa atitude dos trabalhadores muito importante e corajosa: sair pelas ruas e expor para a sociedade o que está acontecendo. O trabalhador nunca vai para as ruas por nada”, disse a administradora Sara Almeida.
A importância da união foi destacada pela professora aposentada Carla Dias Pereira. “Vocês já deram o recado a eles, agora está mais do que na hora de ter uma boa resposta.”
Seeb SP
Foto: Camila de Oliveira – Afubesp