Greve Nacional se fortalece em seu segundo dia
A categoria mostra forte mobilização no segundo dia de greve nacional por tempo indeterminado. Nesta sexta-feira 20, diversos locais em São Paulo, Osasco e região estão fechados. Na zona sul, o centro administrativo Casa 2 do Santander teve paralisadas suas atividades na área de tecnologia. Cerca de 1.400 trabalhadores, entre bancários e terceirizados, estão de braços cruzados. As empresas prestadoras de serviço Produban e Isban também pararam, assim como o grupo Web Motors, responsável por venda de produtos do banco. No mesmo condomínio empresarial funciona o setor Rodea da Caixa Federal, onde os empregados aderiram ao movimento.
A maior concentração do Bradesco, a Cidade de Deus, que possui cerca de 15 mil funcionários entre bancários e terceirizados também está parada.
“Queremos respeito aos trabalhadores que geram lucros bilionários. Começamos ontem e nosso movimento continua até os bancos atenderem nossa reivindicações”, afirma a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, na Cidade de Deus. “As pessoas estão sobrecarregadas aqui na CDD. Queremos o fim do desvio de função e do adoecimento dos bancários”, acrescentou. “Outra importante reivindicação é o vale-cultura. Os bancos gastam milhões financiando espetáculos que têm preço inacessível, por volta de R$ 200. O vale é um instrumento democrático de acesso à cultura”.
Na região da Paulista, além das agências, o Centro Administrativo Brigadeiro do Itaú localizado na Avenida Brigadeiro Luis Antonio também fechou. Bancários que passam pelo local denunciam a pressão por contingenciamento imposto pelo banco. Agências na região central, zona oeste, sul, leste, norte e em Osasco permanecem fechadas.
Números do primeiro dia
Segundo levantamento feito pela Contraf-CUT, os bancários fecharam pelo menos 6.145 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 26 estados e no Distrito Federal na quinta-feira 19, primeiro dia da greve nacional da categoria por tempo indeterminado. Foram 1.013 unidades paralisadas a mais que no primeiro dia da greve do ano passado (5.132), um crescimento de 19,73%.
Em São Paulo, Osasco e Região, mais de 18 mil bancários de 580 locais de trabalho, sendo 9 centros administrativos, aderiram ao primeiro dia de mobilização. Em todas as unidades paralisadas, os clientes puderam ter acesso normal aos serviços do autoatendimento.
Afubesp com Seeb SP e Contraf-CUT