Dia Nacional de Luta: sem mobilização, não há conquista
No Dia Nacional de Luta, na última quinta-feira (11), trabalhadores de várias categorias, centrais e movimentos sociais se uniram em uma só voz nas ruas do país a favor de questões que atingem diretamente o emprego e a vida do trabalhador. A categoria bancária, como de costume, aderiu em peso à mobilização na cidade de São Paulo e paralisou agências na Avenida Paulista, palco de um ato político que reuniu milhares de militantes.
Aproximadamente 2,5 mil bancários ficaram de braços cruzados. Cerca de 50 agências permaneceram fechadas na Paulista, com duas concentrações paralisadas.
“Sem mobilização, não há conquista. Os trabalhadores estão de parabéns. Fizemos paralisações nas agências bancárias da Paulista, e contamos com a compreensão da população”, afirmou o presidente da Afubesp, Camilo Fernandes. De acordo com o dirigente, a atividade também dá peso aos protestos contra o projeto de lei sobre terceirização (PL 4330/2004), que ameaça e precariza o emprego dos trabalhadores.
Antigas reivindicações dos trabalhadores, como o fim do fator previdenciário, reforma tributária, redução da jornada às demais categorias, reforma agrária, entre outros, foram encampadas pelos trabalhadores, tal como a reforma política e o apoio ao plebiscito. As atividades no país deram visibilidade aos pedidos da classe trabalhadora e à necessidade de que a pauta seja atendida no Congresso.
Os manifestantes concentrados no ato no vão do Masp saíram em passeata sentido Rua da Consolação e terminaram a atividade na Praça Roosevelt, ainda na região central.
Em entrevista à Rádio Brasil Atual, o presidente da CUT Vagner Freitas ressaltou o êxito do ato. “Tivemos uma importante adesão, com fábricas paradas, mobilização. O Brasil precisa entender que, neste momento de desenvolvimento econômico, é um erro as demandas dos empresários serem atendidas e as nossas não”, defendeu.
Afubesp, com informações do Seeb-SP
Foto: Camila de Oliveira