25 anos de resistência: Banespianos mostram nas redes sociais que ainda estão aqui
“Infelizmente nem todos sabem o papel de um banco público na economia de um país… Nem sempre é possível almejar lucros extraordinários como os banqueiros privados, porém muitas vezes é necessário o risco de uma operação de empréstimo ou financiamento que levam a prejuízos momentâneo… O Banespa fez parte da história de várias cidades grandes hoje, mas que eram cidadezinhas (as vezes com uma igreja e meia dúzia de casas) e que nenhum banco privado queria assumir o risco de abrir uma agência nesses locais. Porém, lá se metia o Banespa apostando no desenvolvimento, sobretudo na agricultura oferecendo empréstimos agrícolas e financiamento de máquinas e equipamentos para indústria. Isso é história que ninguém pode apagar e seu papel no desenvolvimento do Estado de São Paulo foi primordial. Se observarmos a história vamos perceber que entregaram um tesouro de mão beijada que nem sabiam bem quanto valia o banco e o que ele representava para São Paulo, no entanto, a política suja, como sempre, conseguiu enganar a população. Parabéns a todos os banespianos pela luta incansável que continuam travando em defesa do patrimônio público mais importante para as nossas vidas.”
O comentário acima, que resume muito bem o que significou o Banespa sobretudo no Estado de São Paulo, é assinado por Mario Ferreira na postagem publicada pela Afubesp nas redes sociais, no último dia 20 de novembro, em memória aos 25 anos da privatização.
Em massa, os colegas curtiram e comentaram no Instagram e no Facebook (este último já tem mais 120 comentários, quase 700 curtidas e 137 compartilhamentos até a data da publicação deste texto) mostrando que ainda estão aqui: atentos, lutando pelos seus direitos e acompanhando o trabalho desenvolvido pela Afubesp para que o Santander não acabe com tudo o que foi construído pelos banespianos. Juntas as duas redes sociais alcançaram perto de 45 mil visualizações na postagem.
>>> Leia todos os comentários dos colegas no Facebook
Mucio Jose Alves também deixou sua contribuição que reflete o pensamento da comunidade: “Uma casa única, uma empresa que formou mais do que profissionais competentes em sua grande maioria, formou cidadãos e pessoas que se importam com o que está acontecendo a sua volta, formou uma família sem igual aonde independente do berço do qual viemos, temos uma identidade comum a todos nós banespianos e banespianas, costumo dizer que enquanto houver um BANESPIANO de origem vivo, o BANESPA continuará vivo. SALVE FAMÍLIA BANESPIANA.”
Por lá ainda foi registrada a realidade de quem demorou, mas conseguiu se aposentar – com o auxílio da Afubesp e das entidades sindicais na defesa de seus direitos, que seguiram firme nestes 25 anos de resistência pós-privatização.
“Tenho orgulho de ter vestido essa camisa até o dia da minha aposentadoria, humilhada por muitos gerentes novos do Santander… segui firme, fui acometida pela LER/DORT, passei por três cirurgias… Com muito orgulho sou BANESPIANA. Trabalhar no Banespa foi uma mistura de orgulho e sentimento do dever cumprido com o Estado de São Paulo”, comentou Márcia Alves.
“Éramos uma família que trabalhava unida. Nossas festas de confraternização junto com nossos familiares nas agências onde estávamos lotados. Tudo isso acabou com a entrada do destruidor chamado Santander. A família se desfez dando lugar a uma opressão”, escreveu Carolina Teixeira.
Mas não Carolina, a família não se desfez. Espalhou-se apenas, mas quando convocada se reúne. Foi justamente esse espírito o responsável por manter vivas as nossas lutas e que tem fortalecido Afubesp para seguir em frente como a casa de todos os banespianos.
Afubesp








