Greve entra no 17º dia e negociação continua nesta quinta
Fenaban insiste em proposta rebaixada. Comando rejeita e greve dos bancários continua
Em mais uma rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, na tarde desta quarta-feira (21), no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, a Fenaban apresentou uma proposta de reajuste salarial rebaixada, de 8,75% (índice que representa perda de 1,03%) para reajustar salários, piso, PLR, vales e auxílios, e sem abono.
Os representantes dos trabalhadores questionaram o valor que não repõe a inflação de 9,88% (INPC do período) e reiteraram: os bancários querem aumento real. Bem abaixo das reivindicações da categoria, a proposta foi rejeitada pelo Comando Nacional dos Bancários ainda na mesa e também foi reprovado imediatamente nas redes sociais na noite de quarta-feira 21.
A Fenaban não se comprometeu em debater sobre um novo índice antes de se reunir com os bancos. As negociações voltam nesta quinta-feira (22), às 14h, no mesmo local.
O Comando Nacional reafirmou que quer negociar aumento real. De acordo com Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, a mobilização e determinação da categoria em defender a reposição da inflação mais ganho real fez com que os banqueiros retomassem à mesa de negociação. “Isso já é um avanço. Mas, continuamos a orientar os sindicatos a manter a nossa unidade e forte mobilização para nos levar a uma proposta mais digna.”
Enquanto a proposta decente não vem a greve continua e entra em seu 17º dia. A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, lembra que os bancos não podem querer impor perdas aos seus empregados. “A greve está forte e continua até que eles entendam isso. Os bancos têm de melhorar essa proposta”, cobra a dirigente que é uma das coordenadoras do Comando.
“Outros setores da economia, inclusive prejudicados pela crise internacional como químicos e metalúrgicos, estão pagando aos seus trabalhadores reajuste que cobre a inflação”, reforça.
Com data base em 1º de setembro, como os bancários, dezenas de empresas do ABC paulista – mesmo diante dos efeitos da queda na venda de automóveis e caminhões – ofereceram aos seus empregados a garantia do índice que recompõe a inflação de 9,88%.
O setor químico de São Paulo, também propôs aos seus funcionários a correção dos salários pelo percentual equivalente à variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período de novembro de 2014 a outubro de 2015, que deverá girar em torno de 10%. A data-base da categoria é 1º de novembro.
“Os bancos não podem querer impor perdas aos seus empregados. A greve está forte e continua até que eles entendam isso”, finaliza Juvandia.
Tuitaço! – Participe do tuitaço nesta quinta-feira, das 13h às 15h, para pressionar os banqueiros. Mostre sua insatisfação com as propostas apresentadas, que significam perdas salariais. Use a hashtag #ExploraçãoNãoTemPerdão e siga a Afubesp no Twitter: @afubesp_
Afubesp com informações do Seeb SP e Contraf-CUT






