QV promove a diversidade religiosa em visita à Casa de Candomblé
Considerado um dos grandes símbolos da resistência negra no Brasil Colônia, o Candomblé – religião de matriz africana, proibida pela igreja católica e praticada clandestinamente pelos escravos nas senzalas, terreiros e quilombos- não apenas se consolidou como também se expandiu consideravelmente nos séculos seguintes, contando hoje com mais de 3 milhões de adeptos brasileiros de diferentes classes sociais.
A história dessa religião, bem como a sua influência na cultura brasileira, foi tema do passeio, realizado pelo Programa Qualidade de Vida, na Casa de Candomblé Ile Ina Assé Ofá Dé, ocorrido na última quarta-feira, 26. O responsável pelo local, o Babalorixá (popularmente conhecido como Pai de santo) Diego de Sangô, apresentou aos participantes os preceitos do Candomblé, suas origens e ramificações no Brasil desde a época colonial.
Em mais de uma hora de palestra, Diego respondeu diversas dúvidas dos participantes, como as diferença entre o Candomblé e a Umbanda. “Muita gente confunde essas religiões, a primeira é de culto a ancestralidade que tem por base a natureza, já a Umbanda, que também é de origem africana, sincretiza alguns elementos de outras religiões, como o espiritismo, catolicismo e as crenças indígenas”
O passeio faz parte da programação do Qualidade de Vida, esse ano dedicado à diversidade cultural, social e religiosa. A iniciativa despertou a curiosidade da associada Maria Lúcia. Primeira vez em uma atividade do Programa, a banespiana acredita que toda forma de conhecimento é sempre bem vinda. “Faço a faculdade da terceira idade, e uma das disciplinas que tenho é Antropologia das Religiões, o passeio de hoje me ajudou a entender muitas coisas, gostei bastante”. Já a colega Enedina Oliveira, que sempre participa do QV, acha que é importante as pessoas conhecerem diversas crenças para tirarem suas próprias conclusões. “Conheço a Bíblia toda, mas não sigo nenhuma religião, acredito em Deus e tenho a minha fé pessoal”.
Afubesp
Foto: Dorival Else