Afubesp apóia reivindicação de sindicatos sobre pagamento de PLR com isenção de IR
Trabalhadores de todo o país recolhem adesões para abaixo-assinado por mais justiça tributária até dia 23
Acabar com a incidência do imposto de renda sobre a Participação nos Lucros e Resultados dos trabalhadores. Essa é a reivindicação que três das maiores categorias profissionais do país – bancários, químicos e metalúrgicos – estão levando ao Congresso Nacional e ao Governo Federal. E sua participação é fundamental.
Além dos sindicatos, federações e confederações dessas categorias em várias cidades do país, outras entidades representativas já estão na luta, como a Central Única dos Trabalhadores em São Paulo, Apcef, Fenae e Agecef. A Afubesp também apóia a reivindicação.
“É fundamental conseguir o maior número possível de adesões ao abaixo-assinado que, além de defender uma tributação justa e progressiva, reivindica a alteração da Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000, com o objetivo de isentar os trabalhadores do IR no recebimento da PLR”, explica a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira. “Delegados sindicais, cipeiros, enfim, cada local de trabalho pode ter um ou mais bancários responsáveis por imprimir o documento e organizar a coleta de assinaturas. Amigos e familiares também podem assinar, afinal a isenção beneficia toda a sociedade, com mais dinheiro circulando e fortalecendo a economia interna. Quanto mais trabalhadores participarem, maior será a pressão que conseguiremos fazer pela aprovação dessa isenção”, ressalta a dirigente.
Após preenchido, o abaixo-assinado pode ser entregue na sede ou em qualquer uma das regionais do Sindicato, ou a um dirigente sindical nos locais de trabalho até dia 23 de novembro. É preciso reunir pelo menos 200 mil adesões para pressionar o Congresso Nacional e o Governo Federal por esse passo rumo a mais justiça tributária no país.
Injustiça – O Brasil mantém um modelo injusto de tributação que penaliza os mais pobres e assalariados, reforçando a desigualdade social e a concentração de renda. Em seminário promovido no mês de agosto pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), economistas defenderam a necessidade de uma reforma tributária que crie um sistema de cobrança de impostos mais justo.
Tributos como o Imposto de Renda de Pessoa Física, Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) são calculados sobre o patrimônio e a renda, modalidades nas quais é possível garantir que, quanto mais rico, maior será o valor recolhido. “É isso que queremos conseguindo a isenção do IR na PLR para os trabalhadores”, reforça Juvandia, lembrando que, enquanto os trabalhadores contribuem, em média, com 10,68% da carga tributária, as instituições financeiras arcam com apenas 3,02% da arrecadação do país.
Seeb SP