Greve chega ao 13º dia; negociação será retomada nesta segunda
O Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban) voltam à mesa de negociação, nesta segunda 11 de outubro, às 11h, no hotel Maksoud de Plaza, em São Paulo. No sábado 9, a Fenaban apresentou uma proposta considerada insuficiente pelos representantes dos bancários. A negociação foi suspensa para que os representantes dos bancos realizassem consultas às direções das instituições financeiras.
Os banqueiros ofereceram 6,5% de reajuste para quem ganha até R$ 4.100 (e um valor fixo de R$ 266,50 para os salários superiores a esse valor) e piso salarial de R$ 1.180 (9,82% de reajuste). Eles também propuseram 6,5% de reajuste para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e todas as verbas salariais e auxílios.
“A forte greve que a categoria está fazendo em todo o país forçou os bancos a retomarem as negociações e a apresentarem a nova proposta, mas consideramos o índice de reajuste insuficiente”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional. “Também é inaceitável esse teto de R$ 4.100. Isso significa que quem ganha acima de R$ 6.212 terá reajuste abaixo da inflação do período”.
Em relação ao piso da categoria, Carlos Cordeiro considera importante a sinalização por parte dos bancos de valorização, conforme reivindicação da categoria. “Mas esse índice de reajuste de 9,82% é também insuficiente diante da crescente lucratividade dos bancos”, reage o presidente da Contraf-CUT.
Da mesma forma, o Comando Nacional dos Bancários considera muito rebaixado índice de reajuste de 6,5% sobre a PLR. “Os bancos precisam aumentar a distribuição dos lucros em relação ao ano passado, uma vez que os resultados cresceram”, rebate Carlos Cordeiro.
“Esperamos que a Fenaban não desperdice mais essa chance de tirar os trabalhadores da greve, apresentando uma proposta global que esteja à altura das reivindicações da categoria”, inclusive em relação à melhoria nas condições de saúde”, disse Juvandia Moreira, presidenta dos bancários de São Paulo, Osasco e região.
Em são Paulo, uma nova assembleia para deliberar os rumos do movimento será realizada na próxima quarta-feira, 13 de outubro.
Contraf-CUT e Seeb SP